Com regras confusas, o Metropolitano Paulista Principal de futsal feminino segue de vento em popa, haja visto a disposição das equipes em fazer o seu melhor. E a Kurdana/Cotia não pensa diferente. Neste começo de competição, vem com excelente campanha: duas goleadas logo de início, aproveitamento total, excelente ataque (19 gols marcados) e melhor defesa (um gol sofrido).
Após vencer São Carlos na estreia pelo Grupo A, vencendo por 11 a 0 no interior em 29/09, jogou em Cotia contra o mesmo São Carlos, marcando 8 a 1 no último dia 07, assumindo a liderança com seis pontos. A chave ainda conta com o reforçado Jacareí Futsal - que ainda não estreou.
As partidas que decidirão a ponta definitiva da chave serão quando a Kurdana voltar da Taça Brasil Adulta, em Criciúma (SC). No feriado de Finados (02 de novembro), jogará às 18 horas contra Jacareí fora de casa, no Ginásio Educamais. E no dia 06, um domingo, recebe a equipe do Vale do Paraíba às 15 horas, na nova quadra do Ginásio Municipal cotiano.
* Inaugurando quadra com bela atuação
Antes de falar do jogo contra São Carlos, vamos explicar dessa nova quadra. A Prefeitura de Cotia se adequou às exigências do futsal moderno, bem como de outros esportes, e construiu duas quadras em tamanho de 40m x 20m - cobertas, em paralelo e com arquibancadas - no complexo do Ginásio Municipal. Porém, para que os recuos fossem adequados, as medidas foram ajustadas para 38m x 18m, tornando a prática esportiva segura.
Enquanto ela estava sendo finalizada, os esportistas cotianos já usavam para treinos. Começou com o taekwondo, depois com o handebol. O futsal feminino entrou também e, como organizadas que são, fizeram limpezas na quadra. Por fim, a ginástica da terceira idade aproveitou para usufruir com qualidade do espaço. A quadra pequena e suas grandes arquibancadas continuam na ativa, abrigando a vencedora ginástica rítmica desportiva e o vôlei, além de outras modalidades.
Mesmo assim, o local não estava 100% pronto. Para o jogo do dia 07 faltavam itens, como placar eletrônico, fechar entornos, ajustar a rede nas arquibancadas, finalizar a pintura das novas marcações, entre outros. E lá foi o pessoal guerreiro e operário da Kurdana. Daniel Souza (diretor de futsal) e Andressa de Azevedo (técnica e presidente) puseram a "mão na massa" com toda a equipe. Momentos antes do jogo ficou tudo pronto, mostrando que o clube não mede esforços.
Vamos para o jogo? Claro que sim! As cotianas envolviam São Carlos com seu futsal rápido e alegre. Aos 11 minutos, Aline Lum, a estrela da Kurdana, abria a contagem. Quatro minutos depois, Susana foi para as redes.
Sem cessar o domínio, a segunda formação competiu em gols com a primeira. Wendy fez o terceiro aos 18. Segundos depois, um gol no estilo "Ao Mestre com Carinho": Déby deu passe para sua técnica em tempos do Sub 17, Xininha, ampliar para 4 a 0 - placar no intervalo.
Sem cessar o domínio, a segunda formação competiu em gols com a primeira. Wendy fez o terceiro aos 18. Segundos depois, um gol no estilo "Ao Mestre com Carinho": Déby deu passe para sua técnica em tempos do Sub 17, Xininha, ampliar para 4 a 0 - placar no intervalo.
Segundo tempo, mais gols para a alegria da torcida. Aos três, Susana tocou por cobertura; Lum chegou junto na bola, mas ela já tinha passado a linha do gol. No mesmo minuto, lá estava Lum para anotar seu segundo tento.
A técnica Andressa de Azevedo aproveitou para fazer seus testes, pensando na Taça Brasil: colocou Tati de arqueira e Priscila de goleira-linha. No começo deu errado, com Ana Cláudia aproveitando a jogada avançada para fazer o gol de honra sãocarlense, aos 16.
Guerreiras e insistentes que são, essas mulheres buscaram corrigir os erros, mantendo a quinta atleta de linha. Aos 17, Susana mostrou ser a Mulher Gol e foi para as redes, fazendo seu terceiro gol (hat trick) e pedindo a música. Pouco depois, o oitavo e último tento, com a capitã Priscila, mostrando que a grandeza está em reconhecer falhas e corrigi-las, não importa qual o adversário.
Esse foi o modo como a Kurdana, apaixonada que é por Cotia, inagurou a quadra para a cidade. Uma semana depois, um evento oficial e tão brilhante quanto dividiu as honras da inauguração: um almoço festivo para os professores da cidade, com música e brindes. Homenagem justa àqueles que se dedicam à ensinar e formar o nosso futuro - a própria equipe da ACEK tem professoras em seu plantel.
* Metropolitano que virou Estadual; Metropolitano que classifica para jogo extra
Bom, e o regulamento do Metropolitano Principal será outro. Na verdade, o futsal feminino paulista de 2011, em nível federado, está muito confuso. As equipes se esforçam, fazem grandes espetáculos e levam até torcida, mas a organização federativa está péssima nesta temporada.
Lembremos que, no primeiro semestre, a competição disputada começou como Metropolitano, depois mudou para Estadual e não valia vaga para a Taça Brasil 2012. Aí, veio a competição do segundo semestre como Metropolitano, valendo vaga para a Taça. Como se não fosse muita, a confusão já aumentou.
Agora haverá uma partida extra, ou Superfinal, entre o campeão do Estadual (Jaguaré/Barueri) e o campeão do Metropolitano para saber quem representará o Estado na próxima temporada da competição nacional. Tal partida será no Ginásio Presidente Ciro II (Penha, zona leste de São Paulo) em data a ser marcada. Se o campeão do Metropolitano for o mesmo do Estadual não haverá a Superfinal.
Obviamente que será um emocionante duelo, e diríamos até memorável. Entretanto, o que entristece é a confusão de regulamentos, afentando o planejamento dos clubes em 2011. O mais correto seria que esta fórmula de disputa estivesse posta desde o começo do ano, mas parece que nao houve qualquer preocupação com qualidade na organização.
Como sempre, a Kurdana/Cotia dancará conforme a música: lutará pelo título metropolitano para ir ao jogo extra. Cada passo de uma vez, considerando a força do futsal paulista. Lembrando que são 11 equipes em três grupos (três no A e quatro no B e C).
E a classificação dos clubes para as quartas de final sofreu uma leve mudança. Agora não será mais contado o índice técnico (divisão dos pontos por jogos) para qualificar: passam os dois primeiros de cada chave mais os dois melhores terceiros colocados por índice técnico independente do grupo. Aí sim, o índice será contado para ranquear os clubes e ordenar a disputa das quartas de final, a saber: 1º x 8º, 2º x 7º, 3º x 6º, 4º x 5º. Na semifinal, nova contagem do índice e confrontos de 1º x 4º e 2º x 3º. Na fase final, uma última contabilização, fundamental para ver quem terá vantagem.
Nas quartas, semi e final, a fórmula de disputa será a mesma. Duas partidas, sendo que a melhor campanha por índice recebe a segunda; quem fizer mais pontos passa e, em caso de uma vitória de cada lado ou dois empates, prorrogação com vantagem para a melhor posicionada. Não haverá pênaltis nem na final.
Nas demais categorias (Sub 20, 15 e 17) não se sabe ao certo do jogo extra, pois o regulamento não foi divulgado no site da Federação Paulista. A Kurdana apenas teve acesso do Principal - categoria que disputa. Informações dos clubes dão conta que haverá tal partida no Sub 20 (cujo campeão estadual é o Tradição/Araraquara).
O que se sabe é que 15 equipes estão no Metropolitano Sub 20, divididas em três grupos, passando as duas primeiras de cada mais as duas melhores terceiras para as quartas de final. No Sub 17, seis equipes buscam quatro vagas na semifinal. E, no Sub 15, oito equipes em duas chaves de quatro, passando as duas melhores para a semi.
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