quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cartão Virtual de Boas Festas - encerrando 2011


Esse foi o nosso último gol no ano.

Um gol de Aline Lum, de pênalti.

Sabem o que ele representa?

Representa um clube guerreiro.

Um clube que começou do zero.

Com o desejo e o sonho de duas ou três pessoas.

Que ia para os jogos com cinco jogadoras.

Que fazia "vaquinha" para pagar arbitragem.

Que incomodava todo mundo ao desafiar gigantes. Vencia e ia longe.

Que tinha tudo para desistir.

Afinal, clubes bem mais fortes, com dinheiro e títulos pararam. Porque aquele clube de uma cidade incrustada na Raposo Tavares tinha que continuar?

Sem estrelas, sem recursos.

Pois ele continuou.

E cresceu.

Continuou a derrotar os gigantes. Conseguiu seus recursos, cumpriu seu compromissos.

Ganhava muitos jogos, empatava algumas vezes. E perdia também, claro. Quem está numa competição é sujeito a derrotas.

Só que nunca desistia.

Sempre lutando. Teimoso.

Eram poucas meninas, uma técnica louca e um apaixonado do futsal tão louco quanto.

Hoje, é tanta gente que até os que começaram se assustam.

E não para de vir gente. Gente de perto e de longe. Do norte e do sul.

Que vem e veste a camisa vermelha, de guerreira.

Que vem e veste a camisa azul, da realeza.

Mas são rainhas sem a coroa.

Nem precisam da coroa.

Feliz da rainha sem coroa, pois ninguém pode roubá-la. É uma coroa imaterial.

Que só usa quem entende a força do nome. KURDANA. Um nome diferente, para um clube diferente, uma equipe diferente.

Que soa com a força de um trovão. Que pode ser ouvido em vários cantos.

Um clube que amplia horizontes. Que acredita nas pessoas, formando-as.

Que começou com a bola no pé, na quadra. Que calça a chuteira e vai para o campo. Que usa as mãos para vencer redes e bloqueios.

Que conquista, que cresce.

Que leva o nome de sua cidade para o Estado. Para o Brasil. E até para o mundo.

Que, mesmo perdendo, insiste em buscar a virada.

Que, mesmo com o tempo acabando, incomoda no ataque, mostrando que a vitória vem da persistência.

Que ela pode não vir hoje, mas virá para aquele que trabalha e luta.

Afinal, a vida é tão indigna. Trabalhamos tanto e, quando estamos perto do fim, não temos tantas posses e mal temos saúde.

Mas, no esporte é diferente. Aqui, vence quem trabalha.

Vence quem teve coragem de perder e ser último lugar.

Sim, pois o começo é doloroso. Como um parto. Quem mal sabe andar, fatalmente cai.

Mas cresce. Aparece. E vence.

É quando o último se torna primeiro.

E, se cai do primeiro, o negócio é continuar trabalhando.

Para estar perto do topo, e assim voltar logo.

Algo que só é possível para quem não deixar de lutar.

Pr'aqueles que, com torcida contra e placar bem adverso, insistem em buscar algo.

Mais fácil se entregar, não?

JAMAIS!

Sim, um gol. Um solitário gol.

Fruto do esforço de meninas insistentes.

Uma delas, que chegou durante a jornada, mas atazanou a defesa adversária até conseguir um pênalti.

Pênalti cobrado por uma estrela.

Mas, a Kurdana não era o "time sem estrelas"?

Só que, caro leitor/internauta, você sabe como nascem as estrelas?

Elas nascem de imensas nuvens de gás e poeira cósmica. Ou seja, de um "nada". Que se contrai, esquenta e se divide.

E estrelas raramente se formam sozinhas. Elas se formam quase sempre em grupos.

Ou seja, de onde saiu uma, podem sair várias.

E o que é a Kurdana senão isso? Meninas humildes, que vieram do nada e que encontraram no futsal uma caminho para a evolução.

Para brilhar.

Assim como essa nossa estrela, que veio de uma cidade do lado. De um professor que queria vê-la crescer. Que o clube abraçou, formou - não só como atleta, mas como pessoa.

Essa nossa estrela que encanta quem a vê jogar. Que muitos querem levar.

Que é humilde de coração. Que não se formou sozinha.

Que bateu o pênalti com perfeição, como se o jogo estivesse zero a zero. Ou como se fosse o gol de empate.

Era um gol de honra. E honra mesmo!

Um gol digno.

Mas o futsal, assim como o futebol, não se faz só do que acontece no lance. É feito do antes, do durante e do depois.

Pois ela colocou a bola embaixo do braço e levou até o centro.

O time estava três gols atrás. Só faltavam sete minutos.

Todos sabiam que a virada era muito difícil. Até ela...

Só o esporte é o lugar de quem faz o impossível virar realidade.

E há três maneiras de conseguir isso: TENTAR, LUTAR e NUNCA DESISTIR.

Claro que, naquela tarde úmida de domingo, nao foi possível.

Mas, para saber se realmente não é possível, e necessário fazer essas três coisas.

Fazendo sua parte no grande campo da batalha esportiva.

O impossível nasceu de outras vezes em que a bola foi carregada embaixo do braço.

O resultado não veio, mas o símbolo ficou. Incrustado no coração dos que estavam lá, acompanhando a equipe.

De uma equipe que pode terminar o campeonato de peito empinado. Sabendo que perdeu em pé. Que caiu de pé. Que caiu com dignidade, sem abrir mão da busca.

Que vai para 2012 com o mesmo espírito. Que sempre teve - e sempre terá.

O mesmo espírito guerreiro.

Que até há em outros clubes.

Mas faltam em muitos do futsal, que desistem na primeira dificuldade e não prosseguem na história.

Por isso que a Kurdana é diferente.

Desde os loucos que começaram, já se passou uma década.

Clubes vieram, clubes deixaram de existir.

A Kurdana continuou.

Buscando o impossível. E conseguindo.

E voos mais altos alçará. Estejam certos disso.

A bola embaixo do braço hoje resultará nas vitórias de amanhã.

Mais que títulos, a vitória de quem pode colocar a cabeça no travesseiro e dizer tranquilamente: "Eu lutei!"

Pois maior que a dor da derrota, é a vergonha de não ter lutado.

Isso passa longe da Kurdana.

Não há limites para o trabalho dessas meninas.

E nem dos meninos também.

E, em 2012, todas e todos estarão pelas quadras e campos do Brasil, mostrando a "cara" guerreira do clube.

Buscando conquistas cada vez maiores. Agregando mais pessoas guerreiras.

E sempre, sempre, sempre lutando.

Afinal, o menino humilde que nasceu há mais de dois mil anos, nunca desistiu do seu propósito. É, para aqueles que nele acreditam, o maior dos exemplos.

Ele, que guerreou com paz num período de tantas guerras.

E no esporte, lutamos numa guerra, mas com armas pacíficas.

É onde precisamos do nosso adversário bem e forte, para que a disputa seja bela e inesquecível. Só existimos porque o outro existe.

E lutando pacificamente, assim como aquele menino, chegamos ao fim de mais uma temporada.

A todas e todos que nos acompanharam nesta jornada: aproveitem esse período de virada para se renovarem.

E curtam com as pessoas que vocês mais amam.

Estaremos juntos por mais 12 meses. Podem confiar.

Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Metropolitano Principal: Kurdana/Cotia perde e está fora da final


Por mais que a equipe tenha lutado, não foi possível chegar à decisão do Metropolitano Principal de futsal feminino. No domingo (18), jogando fora de casa, no Ginásio Geodésico, a Kurdana/Cotia perdeu de 5 a 1 para o Grêmio Osasco pela volta da semifinal.

As cotianas precisavam vencer duas vezes, no tempo normal e na prorrogação, para se classificar - visto que perderam em casa por 9 a 7. Já o GEO, com 100% de aproveitamento na competição, espera a definição do classificado entre Jacareí e São Caetano/Sabesp, que acontece nesta segunda-feira no Vale do Paraíba, às 19:30. A primeira partida, no ABC, registrou vitória caetanense por 3 a 2. A fase final também será em dois jogos, com vantagem para a melhor campanha se houver empate nos pontos e no tempo extra.


Com o resultado, a Kurdana fez sua última partida em 2011. Ao todo foram 14 competições de futsal e futebol, chegando na decisão em sete e faturando três títulos. Além disso, a temporada marcou a entrada do clube cotiano nas competições nacionais adultas, com a participação na Taça Brasil, como campeão estadual de 2010, e a compra de uma franquia da Liga Futsal - permitindo que a Kurdana esteja sempre no mais importante certame nacional daqui para frente.

No Metropolitano, ficou em quarto lugar, vencendo quatro partidas, empatando uma e perdendo três. Sendo assim, solidificou-se como uma das forças do Estado de São Paulo. Pela quinta temporada seguida se apresenta entre as quatro melhores, indo duas vezes para a final (além do título do ano passado, foi vice do Paulista do Interior de 2007).

* Domínio adversário


Mesmo com garra e energia, a Kurdana não conseguiu se impor na primeira etapa. Apesar disso, criou a primeira chance: Susana bateu cruzado pela esquerda, Aliny Neguinha deu carrinho na área mas não chegou a tempo, para defesa de Paulinha. A resposta foi com gol mandante, aos dois minutos. Lívia ganhou disputa de bola na direita e rolou para Jenifer concluir na entrada da área.

As equipes se revezaram em ataques sem perigo até os 10 minutos, quando Bruna mandou na trave de Tati. Momentos antes, a arqueira cotiana já havia feito boa intervenção. Após dois ataques importantes, o GEO chegou ao segundo gol com Pâmela batendo de fora da área, com 11 minutos. O tento deixou a osasquense com 12 na artilharia - apenas um atrás da líder Jessiquinha, do Jacareí, que está fora do Metropolitano por contusão.


Tati fez outra defesa importante, lançando-se aos pés de Jenifer. Com a entrada de Dai Carioca na Kurdana, o jogo ganhou em dinâmica. Em cobrança de falta, obrigou defesa de Paulinha. Na cobrança de escanteio em seguida, Aline Lum recebeu e mandou para fora.

Mas parou por aí a pressão visitante. Osasco atacou seis vezes seguidas. Nas três oportunidades mais complicadas, Tati defendeu bates de Luize, Pâmela e Silvana. Com o 2 a 0 adverso, veio o intervalo.

* Pela dignidade - tudo ou nada


A técnica Andressa de Azevedo sabia que era tudo ou nada. Por isso, já lançou Karina de goleira-linha logo aos dois minutos. Antes, Lum deu passe para Susana concluir, mas Paulinha defendeu.

A tática avançada abriu espaço para contra-ataques. Em um deles, Tati defendeu cabeceio de Lívia. Só que, aos quatro, não teve jeito. Jenifer carregou pelo meio, aproveitando falha na marcação, e bateu rasteiro, ampliando a vantagem local.


Neguinha recebeu amarelo. A partida começava a ficar pegada. Bruna bateu de fora e, mais uma vez, Tati defendeu. E o dia não era mesmo da Kurdana. Aos sete, Rayanne
bateu de sua metade de quadra, aproveitando a jogada de goleira-linha visitante, e acertou as redes para festa da torcida organizada osasquense.

Cotia tem uma marca: jamais desistir ou abrir mão do jogo. Dai Carioca teve chance de descontar. Depois, Arine mandou passe para Déby, que perdeu gol na segunda trave. Ariádne entrou em quadra e incendiou a partida pelo lado direito. Aos 13, ela sofreu pênalti. Lum bateu com perfeição no canto inferior direito. 4 a 1 e a craque da Kurdana, mostrando vontade, colocou a bola embaixo do braço e levou ao centro da quadra. Como se dissesse "tentaremos até o fim".


Após o gol, a partida ganhou em tensão. Um amarelo de cada lado (para a capitã osasquense Luize e para a cotiana Xininha) antes da partida ser interrompida. Uma pequena confusão das duas torcidas com a arbitragem.

Quando a bola voltou a rolar, a peleja prosseguiu um tanto tensa. Faltando três minutos Wendy, capitã da Kurdana, parou Julye com falta dura e foi expulsa. Cotia tentou se segurar na inferioridade númerica, sem abrir mão de atacar. Apesar da disposição, não deu para evitar o gol que definiu os 5 a 1. Exatamente aos 18 minutos, Jenifer tocou por cobertura, fazendo seu hat trick e confirmando-se como a melhor da partida.

E, caros internautas, a perseverança é qualidade deste clube que assessoro, com muito orgulho. A derrota e a eliminação já estavam definidas mas a Kurdana não cessou os ataques. Susana criou duas belas chances - uma batendo para fora e outra de cabeça - enquanto o cronômetro caminhava para o zero.


O GEO mereceu a vitória e a classificação. Não há que se contestar um clube que se estruturou seriamente e venceu todas as partidas num campeonato de alto nível como o Metropolitano de São Paulo.

Porém, a Kurdana fez de tudo para sair com honra da partida. Cair e perder faz parte do esporte. Cair de pé é para poucos. Só para os que tem coragem de desafiar e dignidade para aprender e evoluir sempre. Mais motivos para acreditar nas guerreiras que fazem o futsal feminino - não apenas em Cotia, mas em todo o Brasil.

* Futsal de SP aguarda o seu Supercampeonato em três categorias


O confuso mas movimentado ano paulista no futsal feminino ainda não terminou. Há duas categorias do Metropolitano para serem decididas e, o mais importante, três partidas extras para definir quem vai à Taça Brasil por São Paulo em 2012, envolvendo os campeões do Estadual e do Metropolitano. Ou seja, nada menos do que um Supercampeonato Paulista para três categorias.

Os Metropolitanos com campeões já definidos são o Sub 13 (Guarani de Campinas), Sub 15 e Sub 17 (dobradinha do Mult-Força de Guarulhos). No Sub 20, teremos a decisão em duas partidas entre Pindamonhangaba e São Bernardo Chase Futsal, sendo que Pinda leva vantagem na campanha. No Principal, como já dito, Grêmio Osasco aguarda quem vier de São Caetano ou Jacareí - mas as osasquenses já sabem que têm a vantagem do melhor desempenho.

Os jogos extras serão no Sub 17, Sub 20 e Principal. De acordo com o Comunicado Oficial 388/2011 da Federação Paulista, a primeira partida será do Sub 17 já nesta segunda, entre SB Chase (campeão estadual) e Mult-Força. No dia 22 (quinta), será a vez do Sub 20, com o duelo entre Tradição/Araraquara e o vencedor do Metropolitano. Por fim, no dia 23 (sexta), a partida que fecha 2011, envolvendo Barueri/Jaguaré e o campeão do Metropolitano Principal. Os três jogos serão no Ginásio Presidente Ciro II, em São Paulo, cada qual às 19 horas.

* Ficha técnica


Grêmio Osasco 5-1 Kurdana/Cotia
Local: Ginásio Geodésico (Osasco-SP)
Árbitros: Alexsandro de Souza Lira e Rogério de Oliveira Brechuca
Gols: Jenifer, 2' 1t (1-0); Pâmela, 11' 1t (2-0); Jenifer, 4' 2t (3-0); Rayanne, 7' 2t (4-0); Aline Lum, 13' 2t (4-1); Jenifer, 18' 2t (5-0)
Melhor em quadra: Jenifer (Grêmio Osasco)
Cartões amarelos: Luize (Grêmio Osasco); Aliny Neguinha e Xininha (Kurdana)
Cartão vermelho: Wendy (Kurdana)

GEO: Paulinha (goleira); Luize (capitã), Jenifer, Pâmela e Lívia. Entraram: Julye, Bianca, Silvana, Bruna Leão, Rayanne, Danúbia e Regiane (goleira). Técnico: Tadeo Anéas

Kurdana: Tati (goleira); Arine, Aliny Neguinha, Aline Lum e Susana. Entraram: Wendy (capitã), Karina, Banana, Xininha, Dai Carioca, Déby, Ariádne e Fran. Técnica: Andressa de Azevedo

sábado, 17 de dezembro de 2011

Metropolitano Principal: em jogo de 16 gols, Kurdana/Cotia perde na primeira da semi


O público gosta de chuva de gols. Até que foi exagerada para uma semifinal de Metropolitano Principal, mas proporcionou vastas emoções. Na partida de ida em busca da vaga na decisão, o futsal feminino da Kurdana/Cotia perdeu para o Grêmio Osasco por 9 a 7. A peleja ocorreu na noite desta sexta-feira (16), no Ginásio Municipal de Cotia.

A volta já será neste domingo, às 16 horas, em Osasco, no Ginásio Geodésico. A Kurdana precisa da vitória, independente da diferença de gols, para forçar a prorrogação - e, nesta, terá que lutar por nova vitória. Já o GEO joga pelo empate no tempo normal e, se houver tempo extra, continuará com a vantagem de igualdade.


Na outra semifinal, disputada quase no mesmo horário, queda de invicto na partida de ida. No ABC, o São Caetano/Sabesp derrotou o reforçado Jacareí Futsal por 3 a 2. A volta será na segunda (19), no Vale do Paraíba, às 19:30. Jacareí necessita vencer para provocar o tempo extra, quando terá vantagem de empate. Já as caetanenses precisam de uma igualdade no tempo normal.

As finais do Metropolitano Principal de futsal feminino estão previstas para os próximos dias 20 e 22. E, mesmo assim, o ano ainda não acaba para a modalidade. No dia 23, às 19 horas, no Ginásio Presidente Ciro II (São Paulo), haverá o jogo extra para definir quem representará São Paulo na Taça Brasil 2012, entre o campeão metropolitano e o campeão estadual (Barueri/Jaguaré/UniSant'Anna). Teremos jogos extras também nas categorias Sub 20 (dia 22) e Sub 17 (dia 19).

* Surpresas de última hora e vantagem visitante


Tudo indicava um grande jogo. Em quadra, duas equipes que colecionaram títulos em 2011. A Kurdana vinha de festejar o tri do Piratininga, além da Copa Regional de futsal e o ouro no campo dos Jogos Regionais de Santo André. Já Osasco levou o ouro nos Regionais e Abertos do Interior, além do vice estadual. Ambas com a mesma obsessão: vencer o Metropolitano. Há de se lembrar o prévio encontro na semifinal do Estadual, em que Cotia venceu em casa (2 a 1), perdeu fora (4 a 3) e ficou fora da final após o 0 a 0 na prorrogação.

Na competição, o retrospecto do adversário era superior, com vitórias em todos os seus oito jogos. As mandantes tiveram dificuldades na Fase de Grupos, colhendo uma derrota e um empate junto com as duas vitórias. Mas o duplo triunfo sobre Pindamonhangaba recolocou Cotia na rota.

A partida seria numa das quadras externas do Ginásio, com medidas oficiais para o futsal. Entretanto, devido à uma festa da Secretaria de Obras da prefeitura cotiana, teve que ser mudada para a quadra interna, de tamanho menor. O evento se estendeu até as 18:30, e não houve tempo hábil para a desmontagem do palco e da estrutura que estava nas quadras externas, bem como de sua limpeza.


Essa não foi a única surpresa. A Kurdana teve o desfalque da goleira Tati na primeira etapa. Como a goleira Márcia já está fora do fim da temporada por lesão de menisco, a técnica Andressa de Azevedo optou por improvisar a fixa Karina na posição, fazendo a função de goleira-linha.

Com a quadra pequena e a formação avançada das mandantes, o jogo ficou demasiadamente aberto. Uma sucessão de finalizações dos dois lados, obrigando Karina e a goleira osasquense Paulinha a realizarem diversas intervenções. Por sinal, Paulinha veio do Barueri/Jaguaré, que levava o nome do Palmeiras na competição anterior, junto com Jenifer e Lívia.

Verdade que o primeiro jogo da semi no Estadual teve melhor nível tático e técnico. Só que o público gosta de gols e emoção, fazendo desta feita um jogo mais passional e menos racional. Por isso, nem adianta falar muito das finalizações. Vamos logo aos gols.


Aos dois minutos, Jenifer carregou bola pelo meio e bateu firme e rasteiro, abrindo a contagem para o GEO. A Kurdana reagiu e empatou em jogada de falta, aos seis, com... Karina! Mostrando polivalência, defendia e atacava.

Aos dez, as osasquenses retomaram a dianteira, com gol de Lívia; antes, já haviam colocado bola na trave. Já no minuto seguinte, novo empate, com Dai Carioca, finalizando em rebote. Ela, que jogou em Pindamonhangaba há dois anos atrás e veio do futsal goiano para reforçar Cotia na reta final de 2011.

Demorou sete minutos para ser marcada a primeira falta, mas depois não faltaram infrações. Wendy, capitã da Kurdana, e Lívia, receberam amarelos. Na reta final da primeira etapa, domínio visitante, abrindo quatro gols em três minutos. Batendo de fora, Jenifer fez aos 14. Pâmela concluiu contra-ataque, fazendo aos 15. No minuto seguinte, Bianca fez um inusitado gol de cabeça. E, aos 17, Bruna finalizou, Karina até chegou a defender, mas a bola tinha passado a linha do gol. Contagem de 2 a 6, para preocupação da torcida cotiana e festa da torcida adversária presente.

* Kurdana é guerreira... Sempre!


Perdido por um, perdido por dez. Mesmo com a opção de usar a goleira Tati no segundo tempo, a técnica Andressa resolveu adiantar toda sua marcação em busca da recuperação. Apesar de rondar bem mais o gol de Paulinha, a bola não entrava. Susana teve oportunidade de ouro na segunda trave, desperdiçada.

Osasco chegou ao sétimo gol com Silvana, aos seis. Parecia que a equipe comandada por Tadeo Anéas sairia com uma goleada. Nada disso! Nada de desistir, nem um minuto sequer. A Kurdana trocou sua formação e conseguiu um precioso gol, aos oito, com Aline Lum, batendo cruzado e alto, de fora da área. Mas, em contra-ataque, a capitã adversária Luize ampliou para 8 a 3, finalizando enquanto caía, aos nove.

E daí que a diferença estava em cinco? Havia dez minutos cronometrados para serem jogados. No futsal, isso é uma eternidade. Cotia viu que o caminho para o gol era fora da área, e Karina mandou uma bomba aos 11. Quatro minutos depois, Lum carregou pela esquerda e tirou do alcance de Paulinha. A craque cotiana estava impossível e fez o seu hat trick aos 16, sendo inclusive escolhida a melhor do jogo.


Empolgada pela reação e incentivada pela torcida, a equipe cotiana via que o empate era possível. Susana perdeu outra grande oportunidade. Mas aos 17, pelo meio, não teve perdão e foi para as redes. O placar estava em 8 a 7.

Como diriam os narradores argentinos, "senhoras e senhores, isto sim é um jogo!"

Para aumentar as emoções, o placar de faltas estava altíssimo. Lembram que demorou para haver a primeira falta. Pois, no total, foram 21! Não significa deslealdade, mas sim um jogo bem pegado. No segundo tempo, foram amareladas Aliny Neguinha, Ariádne (Kurdana), Bruna e Pâmela (GEO).

E Cotia conseguiu a sexta falta! Tiro livre sem barreira. Lum foi para a batida, mas Paulinha defendeu. Logo depois, a vez de Osasco ter uma cobrança direta. Jenifer chutou, Karina defendeu porém, no rebote, a mesma Jenifer fez o gol do 9 a 7. Faltavam 30 segundos.

Futsal tem emoção até o apito final. Lum teve outra oportunidade em tiro livre, e novamente Paulinha defendeu. Fora que o visitante tinha colocado outra bola na trave minutos antes. Ou seja, foram 16, mas poderiam ser, sem exagero, 21 gols. Qualquer placar, até mesmo um empate em 10 a 10, não seria injusto. Melhor para Osasco, que fez por onde para manter seus 100% de aproveitamento, justificando os holofotes. Por outro lado, a Kurdana pôde sair perfeitamente de cabeça erguida.

Tudo reservado agora para o domingo. Definido? Ambas equipes sabem que não.

* Retrospecto cotiano neste Metropolitano


Na atual competição, Cotia entrou na chave A, ao lado de São Carlos e Jacareí. Começou bem a Fase de Grupos, após golear São Carlos por duas vezes - 11 a 0 no interior (29/09) e 8 a 1 em casa (07/10). Após um mês de intervalo, voltou a jogar, encarando Jacareí duas vezes em busca da liderança. A equipe do Vale do Paraíba vinha reforçada de Cilene e Jessiquinha que, neste começo de dezembro, foram bicampeãs mundiais com a Seleção Brasileira em Fortaleza (CE).

Na casa do adversário, empate em 3 a 3 no dia 02/11. Susana, Arine e Xininha marcaram os gols da Kurdana, que chegou a abrir 3 a 1. Taiane, Cilene e Jessiquinha deram a igualdade para as locais. No segundo tempo, a goleira Márcia teve atuação importante, sendo escolhida a melhor da partida. Jacareí chegou a colocar quatro bolas na trave também.

Quatro dias depois, a volta em Cotia. Numa jornada ruim para as mandantes, derrota por 8 a 5. Xininha, Karina, Aline Lum, Susana e Arine marcam os gols da Kurdana, enquanto que Jessiquinha (3), Gláucia (2), Cilene, Taiane e Kaká marcaram para Jacareí.

Com sete pontos ganhos em quatro partidas, Cotia passou em segundo do Grupo A e com a quinta melhor campanha geral. Nas quartas de final, enfrentou Pindamonhangaba - a quem eliminara na mesma fase no Estadual. A diferença era que o adversário tinha, agora, a vantagem na igualdade em pontos.

Pois valente e guerreira como sempre, a Kurdana pulverizou tal vantagem. Venceu em casa, no dia 30/11, por 2 a 1, com dois gols de Susana; Dri marcou para Pinda. E, fora de casa, nova vitória de Cotia - 1 a 0, novamente com Susana sendo decisiva, fazendo jus ao apelido de Mulher-Gol.

Por sinal, ela é a artilheira da equipe no Metropolitano, com nove gols. A tábua de matadoras é liderada por Jessiquinha, de Jacareí, com 13. Porém, por lesão de ligamento cruzado no Torneio Mundial, ela está fora da reta final.

* Ficha do jogo


Kurdana/Cotia 7-9 Grêmio Osasco
Local: Ginásio Municipal de Cotia
Árbitros: Rogério Amorim da Silva e Gerson Rafael da Silva
Gols: Jenifer, 2' 1t (0-1); Karina, 6' 1t (1-1); Lívia, 10' 1t (1-2); Dai Carioca, 11' 1t (2-2), Jenifer, 14' 1t (2-3); Pâmela, 15' 1t (2-4); Bianca, 16' 1t (2-5); Bruna Leão, 17' 1t (2-6); Silvana, 6' 2t (2-7); Aline Lum, 8' 2t (3-7); Luize, 9' 2t (3-8); Karina, 11' 2t (4-8); Aline Lum, 15' 2t (5-8); Aline Lum, 16' 2t (6-8); Susana, 17' 2t (7-8); Jenifer, 19' 2t (7-9)
Melhor em quadra: Aline Lum (Kurdana)
Cartões amarelos: Wendy, Ariádne e Aliny Neguinha (Kurdana); Lívia, Bruna Leão e Pâmela (Grêmio Osasco)

Kurdana: Karina (goleira); Arine, Aliny Neguinha, Aline Lum e Susana. Entraram: Dai Carioca, Déby, Wendy (capitã), Banana, Ariádne e Fran. Técnica: Andressa de Azevedo

GEO: Paulinha (goleira); Luize (capitã), Jenifer, Pâmela e Lívia. Entraram: Julye, Bianca, Silvana, Bruna Leão e Rayanne. Técnico: Tadeo Anéas

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Piratininga Principal: Kurdana/Cotia é tricampeã


Um clube que coleciona conquistas - para si e para a liga que o apoia. Na noite de quarta-feira (14), no Ginásio Municipal de Cotia, a ACE Kurdana sagrou-se tricampeã do Troféu Piratininga de Seleções de futsal feminino, na categoria Principal. Representando a Liga Cotiana, empatou em 6 a 6 com o XV de Piracicaba/Rezende, que representa a Liga Piracicabana, na partida de volta das finais.

Na ida, jogada na tarde do último domingo em Piracicaba, no Ginásio Jardim Prezoto, as cotianas haviam vencido por 4 a 2 - dando a vantagem de igualdade no tempo normal do segundo confronto. A conquista veio de forma invicta (três vitórias e um empate). De quebra, a Kurdana fez a artilheira da competição: Aline Lum, sua estrela maior, com nove gols.


As outras duas conquistas da Liga Cotiana, presidida por Daniel Souza, nesta categoria foram em 2009 e 2010. Além disso, a entidade fecha 2011 como a melhor liga do Estado de São Paulo no feminino. Afinal, além do terceiro título no Principal, ficou com o vice no Sub 17 - perdendo na final para a Liga Suzanense, representada pela Uni Sant'Anna.

E a Kurdana comemora o seu terceiro título em 2011. Já havia conquistado a Copa Regional de Futsal Feminino, organizada pela Liga Paulista, e o ouro no futebol de campo dos Jogos Regionais de Santo André (Segunda Divisão). Mas, principalmente, festeja a quebra do seu recorde de finais, chegando a sete - superando as seis do ano passado. Fora as três decisões em que obteve o ouro e a final do Piratininga Sub 17, colecionou a prata no futsal feminino dos Regionais (também na Segunda Divisão) e os vices no campo na Copa Futebol Mulher e nos Jogos Abertos do Interior de Mogi das Cruzes. Junto com a disputa de duas competições nacionais nas quadras (Liga Futsal e Taça Brasil Adulta), podemos falar que o ano da Kurdana foi bem produtivo.

Só que a temporada ainda não acabou. A conquista do Metropolitano de futsal está na mira de Cotia. A Kurdana está na semifinal, confirmando uma rotina que ocorre desde 2007: sempre a equipe comandada por Andressa de Azevedo está em as quatro melhores nas competições oficiais da Federação Paulista de Futsal, seja Estadual, Paulista do Interior ou Metropolitano.

Visando levar o inédito título, a Kurdana precisa primeiro passar pelo invicto Grêmio Osasco. A partida de ida será nesta sexta (16), no Ginásio Municipal de Cotia, às 20:45. A volta está marcada para as 16 horas de domingo, no Ginásio Geodésico. A igualdade de pontos força a prorrogação, com vantagem de empate para as osasquenses. Na outra semi, duelo entre Jacareí e São Caetano/Sabesp. Lembrando que o campeão do Metropolitano joga uma partida extra com o Barueri/Jaguaré/UniSant'Anna, atual campeão estadual, para definir quem vai à Taça Brasil 2012. A peleja está prevista para as 19 horas do dia 23, no Ginásio Presidente Ciro II.

* Ousadia e alegria: mesmo com vantagem, Kurdana jogou no ataque


A vantagem da Kurdana era boa. Precisava apenas do empate e, se perdesse por um gol de diferença, continuaria a jogar pela igualdade no tempo extra. Motivos de sobra para jogar na retranca, não? Só que o clube cotiano não segue essa lógica. Optou por jogar no ataque o tempo todo, utilizando inclusive a goleira-linha. As contusões da goleira Márcia (lesão de menisco) e Lorraine (lesão ligamentar), desfalcando a equipe desde o mês passado, não foram motivos para cautela.

O adversário merecia respeito. Além de vestir a camisa do XV de Novembro, nada menos do que um dos clubes de maior tradição no futebol do interior paulista, a equipe de futsal feminino está acostumada com as competições federadas. E, neste ano, trazia na bagagem o ouro dos Jogos Regionais de Barra Bonita.

Buscando não dar chances, Cotia abriu o placar com a sua Mulher-Gol. Susana foi para as redes com pouco mais de um minuto, em jogada pela direita. Piracicaba buscou a reação, empatando aos quatro minutos com a experiente Ana, que já passou pelo Corinthians. No minuto seguinte, em jogada de falta, a virada visitante com Cheila. Para dificultar mais ainda, aos 16, Ellen Cris desviou cobrança de lateral e enganou a retaguarda da Kurdana, abrindo 3 a 1.

Nada de temor. O bom público presente viu a reação cotiana. A técnica Andressa mesclava formações, acreditando especialmente nas jovens do Sub 17, lançando surpresas como Aline, Paloma, Lettycia e Amanda. Destaque também para a goleira Tati, impedindo que o XV aumentasse a diferença. Aos 18, já com as adultas em quadra, as mandantes descontaram com um golaço de Susana, batendo cruzado pela esquerda. Placar de 2 a 3 no intervalo.

* Homenagens, gols e título


Antes de voltar para o segundo tempo, a Kurdana resolveu homenagear pessoas importantes para a continuidade do projeto de futsal feminino. O vereador Paulinho Lenha (representado pelo assessor Marcelinho), a patrocinadora Rose Veríssimo (Grupo Phenix), a primeira-dama Mara Camargo (representada pela jornalista Darlene Pires), o coordenador de esportes Leandro Yoshizumi e a roupeira/representante Maria José Bezerra receberam honrarias do clube. O público também foi agraciado com a distribuição de brindes e lembranças.

E, quando a bola rolou, nada de táticas defensivas. Aos dois minutos, a Kurdana chegou ao empate, com Déby batendo firme e rasteiro, vencendo a goleira Stefani e encerrando um jejum de cinco meses sem gols. Hora de Andressa lançar sua tão treinada jogada de goleira-linha. Karina fez a função de quinta jogadora. A coragem foi premiada aos cinco minutos, com Aline Lum mandando para as redes dentro da área. Virada para 4 a 3 e, na comemoração, a ala chamou a torcida para vibrar junto - gesto seu que está se tornando característico.

Karina continuou em quadra, mostrando que a Kurdana permaneceria atacando. O XV continuou acreditando numa reviravolta, apesar do cartão amarelo recebido por Ana. E conseguiu, marcando aos oito com Mirella e aos nove com Ellen - ambas batendo de sua metade de quadra.


Questão de tempo. Aos 11, a camisa 11 cotiana apareceu de novo. Aline Lum bateu de primeira, após escanteio na esquerda, e marcou um lindo tento. Iguais em cinco. O jogo ficou mais franco ainda, pois o técnico Aílton Vieira lançou Bárbara como quinta jogadora. Andressa não fez por menos: surpreendeu e colocou Aline Lum de goleira-linha.

Além de aberta, a partida estava pegada. Aos 14, Ellen Cris recebeu amarelo. Aos 17, Susana recebeu bola alta na área, matou no peito e foi deslocada por Mirella. Pênalti! E ficou a cargo da estrela maior de Cotia bater. Aline Lum, com a mesma seriedade e humildade de sempre, bateu firme no canto direito de Stefani, devolvendo a dianteira para a Kurdana e confirmando-se na artilharia do Piratininga Ah, sim, tudo isso ainda como goleira-linha.

Mostrando honra, Piracicaba não desistiu do jogo, empatando com Ellen Cris, aos 18. Ela e Lum foram as matadoras da noite, com três tentos - ou, se preferirem, hat trick. Até o fim, a Kurdana utilizou a tática da quinta jogadora, prendendo a posse de bola no ataque. Bastou esperar o zerar do cronômetro e começar a festa.


A premiação foi feita pelo diretor de Ligas da Federação Paulista, Abimael Valadares. Coube à Wendy, que recebeu a faixa de capitã durante os Jogos Abertos do Interior, levantar o troféu do tri. A fixa, vinda de Santa Catarina para Cotia, confessou que há tempos não tinha oportunidade de ser líder de uma equipe numa conquista. A última vez foi em 2005, no Estadual Catarinense Sub 20, quando sua equipe, Adeblu de Blumenau, foi campeã em cima do Popiolski/Kuat, que poucos anos depois tornou-se a mundialmente consagrada UnoChapecó/Female.

Este terceiro título na história do Piratininga Principal coloca a Liga Cotiana como segunda maior vencedora da competição. A liderança está com a Liga Osasquense (seis conquistas). A Liga de Santo André fecha a lista, com um solitário ouro.

A atual edição do campeonato contou com 10 ligas e foi jogada numa fase estadual única, dividida em três etapas. Tradicionalmente, o Troféu é dividido em oito regiões. Nas demais categorias do feminino, o formato se repetiu. Além das já mencionadas Adulta e Sub 17, houve a disputa no Sub 20, com a Liga de São Bernardo do Campo (representada pelo SB Chase Futsal) sagrando-se campeã.

* Campanha da Kurdana/Cotia no Piratininga Principal 2011


Primeira Fase
24/08 - Independente/Mauá 1-11 Kurdana/Cotia
gols de Aline Lum (3), Karina (3), Susana (2), Lorraine (2), e Fran
26/08 - Kurdana/Cotia 5-2 Independente/Mauá
gols de Susana (2), Lorraine, Mar Selly e Aline Lum

Semifinal
Kurdana/Cotia enfrentaria São Carlos/Porto Ferreira, mas o adversário desistiu

Final
11/12 - XV de Piracicaba/Rezende 2-4 Kurdana/Cotia
gols de Aline Lum (2), Banana e Ariádne
14/12 - Kurdana/Cotia 6-6 XV de Piracicaba/Rezende
gols de Aline Lum (3), Susana (2) e Déby

Desempenho
4 jogos - 3 vitórias e 1 empate
26 gols marcados, 11 gols sofridos; +15 de saldo
Artilheira da competição: Aline Lum (9 gols)

* Elenco


Goleiras:
Márcia
Tati

Fixas:
Karina - 3 gols
wendy (capitã)
Arine
Lettycia Gomes

Alas:
Aline Lum - 9 gols
Lorraine - 3 gols
Banana - 1 gol
Aliny Neguinha
Aline
Amanda
Paloma
Priscila

Pivôs:
Susana - 6 gols
Ariádne - 1 gol
Déby - 1 gol
Mar Selly - 1 gol
Fran - 1 gol
Xininha

Comissão Técnica:
Técnica: Andressa de Azevedo
Fisioterapeuta: Leandro Yoshizumi
Roupeira/Representante: Maria José Bezerra
Estagiários: Rogers e Rogério
Assessor de imprensa: Ricardo Silva
Presidente da Liga Cotiana de Futsal: Daniel Souza

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Piratininga Principal: Kurdana/Cotia vence XV de Piracicaba na ida das finais

Agora sim: começou a decisão do Troféu Piratininga de Seleções, na categoria Feminina Principal. Em busca do tricampeonato para a Liga Cotiana de Futsal, a Kurdana duela em dois jogos com o XV de Piracicaba/Rezende. E na primeira partida, no interior, vitória de Cotia por 4 a 2, no último domingo (11).

As finais foram marcadas após a desistência de São Carlos, representante da Liga Ferreirense - que pegaria a Kurdana na semi. Com o triunfo no jogo de ida, bastará o empate em casa para as cotianas faturarem o título. Em caso de derrota, teremos prorrogação, com a vantagem sendo determinada pelo saldo de gols. Se houver igualdade neste critério e na prorrogação, teremos pênaltis. A peleja decisiva será já nesta quarta-feira (14), às 20 horas, no Ginásio Municipal de Cotia (quadra externa).

Desde o início, a representante da Liga Cotiana manteve posse de bola, mas erros primários atrapalharam as iniciativas de ataque e as finalizações. Nada que impedisse o primeiro gol, com três minutos, anotado por Aline Lum.

Aos seis, saiu o primeiro quarteto e entrou o segundo, com constante movimentação. Mesmo assim, os erros se mantiveram, com jogadas mal-finalizadas. O jeito foi aproveitar a bola parada. Numa jogada de escanteio, Banana pegou o rebote e ampilou, forçando o pedido de tempo para a equipe da Liga Piracicabana.

Pouco depois, veio um gol das mandantes num golpe de sorte. A goleira Tati deu rebote que, numa infelicidade, caiu nos pés da adversária, chutando alto e forte. A formação inicial da Kurdana voltou disposta a colocar seu ritmo. O passe foi priorizado e poucas chances foram criadas, fechando a metade inicial em 2 a 1 visitante.

No segundo tempo, Cotia voltou intensa para o jogo, marcando mais um gol. Assim como na etapa primeira, tento de Aline Lum aos três do cronômetro, batendo na ala, cruzando e sem chances de defesa para a goleira improvisada do XV. A estrela maior da atual bicampeã da competição foi a artilheira dominical.

A partida ainda teria emoções. Num contra-ataque adversário, Tati saiu tarde do gol, cometendo falta fora da área e sendo punida com cartão amarelo. Na cobrança, belo gol local com chute forte entre a barreira e a jovem arqueira. Aliny Neguinha também recebeu amarelo, porém injustamente, num outro ataque adversário: ela caiu com a bola e o árbitro erroneamente marcou falta.

O gol decisivo não tardou a vir. E que belo gol, com Ariádne, contratada vinda de Jacareí no mês de maio. Após finalização de Déby, que corria pela ala, Ariádne chegou inteira no lance e concluiu de letra, num dividida com a goleira - que tentou salvar o tento.

Mesmo com os 4 a 2, a técnica Andressa de Azevedo ainda não estava completamente satisfeita com o time, especialmente no quesito de tomadas de decisões das atletas. A terceira formação foi sacada e a segunda novamente lançada, sem produzir muito. Aí, na sua já conhecida ousadia, a treinadora usou a capitã Wendy de goleira-linha. A movimentação de bola melhorou, buscando espaços na defesa adversária. O gol não saiu, mas o tempo correu e a vitória foi garantida.

Além de lutar pelo tri, a Kurdana/Cotia está muito perto de ter a artilheira do Troféu. A tábua de matadoras é liderada por Lum, com 6 gols. Susana vem logo atrás, com quatro. Karina e Lorraine estão com três, mas a última não atuará mais até o fim de 2011 por lesão ligamentar.

Vejam as fotos da partida:

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ACEK Cotia é o grande destaque na festa de premiação da Liga de Vôlei de Sorocaba

Neste domingo (04), em Votorantim, aconteceu a festa de premiação da Liga de Voleibol de Sorocaba e Região (LVSR). E a ACEK Cotia foi o grande destaque do evento.

Estiveram presentes representantes das equipes infantil e adulto de Cotia. O infantil, em seu primeiro ano de participação, conquistou a terceira colocação na Liga, enquanto que o adulto, que leva o nome da ACEK, conquistou o bicampeonato. Além disso, teve o destaque da categoria, com o capitão Renato sendo eleito por todos os técnicos e árbitros.

Parabéns ao vôlei masculino cotiano, mostrando sua qualidade e ganhando prêmios!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Metropolitano Principal: Kurdana/Cotia vence em Pinda e está na semifinal

Pulverizando vantagens. Pela volta das quartas de final do Metropolitano Principal de futsal feminino, a Kurdana/Cotia venceu Pindamonhangaba fora de casa por 1 a 0 e se qualificou entre as quatro melhores. A partida foi disputada neste sábado (03).

A Kurdana precisava apenas da igualdade para se qualificar. Cotia entrou para as quartas sem a vantagem de melhor campanha, que dá direito ao segundo jogo em casa e a jogar pela igualdade no tempo extra. Entretanto, as guerreiras reverteram o quadro inicial desfavorável - venceram também em casa, por 2 a 1.

Agora, as cotianas terão o Grêmio Osasco pela frente na semifinal, novamente em duas partidas e outra vez com vantagem adversária. No Estadual, as duas equipes fizeram jogos memoráveis na mesma fase, com as osasquenses conseguindo a vaga após empate sem gols na prorrogação.

No dia seguinte após a vitória de quarta-feira (30), uma notícia mexeu com a equipe cotiana: a arbitragem para a partida de volta havia sido trocada - o que poderia favorecer ao adversário. Experiente, a técnica Andressa de Azevedo pediu calma ao grupo, previnindo a equipe para que não recebesse cartões.

Como se não bastasse, aconteceu algo pior. A goleira Márcia se contundiu durante os treinos, com suspeita de lesão no joelho direito. Sendo assim, a jovem Tati assumiria a meta cotiana nesta partida decisiva. Andressa manteve-se paciente com os imprevistos, focando a equipe. Taticamente, ela treinou visando o jogo de pressão que Pinda tentou fazer em Cotia, após tomar o segundo gol, solicitando que a Kurdana mantesse o máximo de posse, sem risco de levar tentos.

Dito e feito. A boa equipe do Vale do Paraíba marcou bem a saída de bola, procurando o gol e arriscando, porém ser ter o maior tempo de controle da pelota. O jogo foi pegado, com vários lances ríspidos. As cotianas foram pacientes, buscando matar o jogo na hora certa. A primeira etapa acabou sem gols. Aline Lum recebeu amarelo ao se defender em disputa - na visão da arbitragem, foi uma tentativa de agressão.

No segundo tempo, a Kurdana voltou com o mesmo foco. Além disso, queria sair do zero. Pinda também fazia sua parte, partindo para cima e mantendo o jogo de pressão, tentando o gol de todas as formas. Melhoraram na posse de bola - ainda mais que a Kurdana usava como saída de pressão queimar jogadas no fundo.

Favorecendo as locais, a arbitragem invertia laterais e escanteios, atrapalhando Cotia. Mesmo assim, a equipe não fugiu do seu objetivo. E, ousada como sempre, Andressa colocou Karina de goleira-linha. Como todos sabem, essa jogada é muito bem treinada pela Kurdana, de modo que corre poucos riscos, mantém o domínio e cria oportunidades.

Como resposta, Pinda colocou também a quinta jogadora. A partida cresceu em emoção e passando a ser deveras interessante. As mandantes tentavam mais na base da vontade do que na calma. Foi necessário que Tati retornasse à meta. Na primeira oportunidade da goleira-linha pindense, a jovem arqueira atenta defendeu e rebateu para a meta vazia adversária; a bola foi alta e houve tempo da jogadora adiantada correr e salvar o tento.

Arine tentou por duas vezes do mesmo jeito, sem sucesso. A peleja ficou tensa. Discussões dentro de quadra tornaram-se a tônica do jogo. Apesar das inversões de posse de bola, a arbitragem acertou ao punir Priscilinha com amarelo, após carrinho em Arine.

E é nessa hora que o sangue frio para concluir se faz necessário. Pinda pressionava quando Susana, a Mulher-Gol da Kurdana, mostrou calma extrema, conforme orientou Andressa. Faltavam 11 segundos, e ela bateu para o gol vazio, balançando as redes. 1 a 0 no placar!

A classificação estava praticamente garantida mas Pinda, valente adversário, conseguiu chutar algumas vezes contra a meta cotiana num curtíssimos espaço de tempo. Fracassou, se despedindo do Metropolitano Principal com derrota em casa. 

Após este grande jogo, as atletas da Kurdana descansarão até terça-feira, quando voltam a treinar às 10 horas da manhã. O foco agora será chegar na final da competição, mantendo vivo o sonho de voltar à Taça Brasil no ano que vem.