sábado, 30 de abril de 2011

Metropolitano Paulista: Kurdana/Cotia empata com o Barueri/Palmeiras no zerar do crônometro



No apagar das luzes. Quando não parecia ser mais possível. Em partida emocionante pelo Campeonato Metropolitano Paulista de futsal feminino, a Kurdana/Cotia empatou com o Jaguaré/Barueri/Palmeiras em 1 a 1. O gol cotiano foi marcado no zerar do cronômetro. O jogo ocorreu em Barueri, no Ginásio José Corrêa, na noite de sexta-feira (29) e contou com transmissão ao vivo da OesTV pela internet.

Ambas equipes estão no Grupo A da competição. O resultado manteve o alviverde na liderança, com sete pontos, ao passo que a Kurdana, atual campeã paulista, está em segundo lugar, de forma isolada, com cinco. O campeonato está na terceira rodada da Fase de Classificação.

As cotianas jogariam novamente neste domingo (01), contra o Rezende/XV de Piracicaba, porém a partida foi adiada - assim como o jogo programado para o último dia 14, contra o São Caetano/Sabesp. Ambas pelejas seriam no Ginásio Municipal de Cotia. Sendo assim, a próxima jornada da Kurdana será na distante Bebedouro, contra a equipe local, no dia 07 (sábado), às 20 horas, no Ginásio Sérgio B. Zacarelli. As interioranas estão com quatro pontos, na cola de Cotia.

* Kurdana nos contra-ataques, Palmeiras marcando em cima e luzes apagadas


O jogo no começo da noite de sexta marcou a primeira atuação das duas equipes depois da Fase Classificatória da Liga Futsal. Era nada menos que a repetição da final do Estadual de 2010. A Kurdana, da técnica Andressa de Azevedo, veio com a proposta de forte marcação, apostando nos rápidos contra-ataques. Já o Palmeiras, comandado por Walmir Souza, de larga experiência no masculino do clube, apresentou uma marcação na saída de bola.

E quem teve as primeiras chances foi Cotia. Dois velozes contra-ataques nos pés de Karina que, por pouco, não abriu o placar. Faísca também criou uma chance, enquanto que Barueri não conseguia chutar a gol, especialmente mediante à forte presença de Banana e Wendy nas divididas.

Faltando 16:38 para o fim do primeiro tempo, a iluminação do ginásio apagou em metade da quadra, interrompendo a partida. Dez minutos depois, o local ficou com apenas algumas lâmpadas acesas. Exatamente quando estava vencendo o tempo que a arbitragem esperava para o retorno da iluminação (30 minutos), as luzes se acenderam e a partida continuou.

Na volta, o Palmeiras passou a ser mais contudente. Com isso, aos oito minutos, Drika recebeu passe longo e sozinha, dentro da área, tirou da goleira Márcia e abriu o placar. As propostas de jogo se mantiveram. As cotianas, conforme ganhavam as divididas, apostavam na rapidez de Aline Lum. Já o alviverde tinha, com sua segunda formação, mais opções de ataque. Antes do fim da primeira etapa, a própria Taiane tomou amarelo no lado mandante.

* Segundo tempo emocionante e resposta às críticas


Porém, foi no segundo tempo que o jogo pegou fogo. As guerreiras cotianas não sucumbiam na marcação e subiam com perigo ao gol adversário. Barueri tinha maior posse de bola, em busca de finalizações. Quando Andressa de Azevedo apostou em Déby como pivô, duas chances claras de empate foram criadas. Em resposta, o Palmeiras teve duas oportunidades na segunda trave, com Jenifer e Drika, que não foram aproveitadas. Cilene chutou de longe e Márcia fez boa defesa. Por sinal, a arqueira foi a capitã de Cotia na partida, pois a equipe teve o desfalque de Priscila.

Agora, um lance polêmico. Neguinha recebeu na direita, tentou driblar a goleira Camila e a bola voltou para a entrada da área. Começou um bombardeio ao gol, com quatro chutes seguidos da Kurdana, divididos entre Susana e Arine. Em dois deles, as cotianas reclamaram pênalti, por interceptação da bola com o braço. Nada foi marcado e o jogo seguiu.

O Palmeiras teve mais dois lances de perigo, com a bola sendo salva em cima da linha - uma vez por Arine e outra por Lum. O tempo ia passando e Cotia tentava o empate. Arine mandou bola no ângulo, defendida por Camila.

A Kurdana pôs Wendy de goleira-linha. Em um momento de troca, a goleira Márcia chutou de longe; a bola ia encobrindo Camila que desviou; mesmo assim, a pelota tocou caprichosamente no travessão. Escanteio marcado com poucos segundos para o fim.

As guerreiras de Cotia nunca desistem. Queriam um bom resultado, até porque mereciam pelo tanto que criaram. Pois, no escanteio, a jogada voltou para o círculo central. Faltavam oito segundos. Karina recebeu a bola e ouviu a palavra-chave da técnica Andressa: "Calma". Como ter calma com pouco tempo? Mas, lembremos, o futsal é um jogo de tática e paciência, onde todo segundo vale muito.

Com quatro segundos, Karina passou a Wendy, que bateu firme a gol; a bola explodiu na defesa e ficou pingando na área. Parecia pedir para ser chutada. E lá estava Aline Lum, na cara da meta, pronta para bater. Com raiva. Atendendo ao pedido dela, estufando as redes. Gol, com o crônometro já zerado! E, lembrando, se o chute sai antes do tempo acabar e a bola está na trajetória, o tento é válido.


Empate em 1 a 1. Muito comemorado pelas atletas e comissão da Kurdana/Cotia. Um empate com sabor de vitória. Um resultado em um momento muito importante. Afinal, a equipe foi criticada em demasia pela eliminação na Liga Futsal. Não há resposta melhor para isso do que trabalho e resultados.

Além disso, as cotianas empataram fora de casa com uma equipe de grande qualidade. Para se ter uma ideia, o Palmeiras venceu ao tricampeão da Liga e bicampeão do mundo UnoChapecó (SC) por 3 a 2, em território chapecoense, no outro grupo da Fase Classificatória da mais importante competição nacional, no último sábado. O que mostra a maravilha do futsal: uma caixinha de surpresas, onde sempre há o dia seguinte.

Este grande jogo, protagonizado por duas belas equipes, pode ser revisto a qualquer momento no site http://www.oestv.com.br/ .