Muita luta em quadra, mas o resultado não foi o desejado. No sábado (23), jogando pela Liga Futsal Feminina em Caçador (SC), no Ginásio Paulo Schieffler, a Kurdana/Cotia (SP) empatou em 3 a 3 com a ADJ/Jaraguá (SC). O placar eliminou a equipe paulista da competição. A partida foi válida pela rodada final do Grupo B da Fase de Classificação.
Kurdana e Jaraguá terminaram ambas com quatro pontos. As catarinenses tinham saldo melhor (-8 contra -10) e ficaram com a quarta vaga da chave. As cotianas, que marcaram o quinto lugar, fizeram um total de cinco jogos, somando uma vitória, um empate e três derrotas. Anotaram oito gols e sofreram 18.
A liderança terminou com o sediante Kindermann, que somou 15 pontos - única equipe com 100% de aproveitamento na Liga. A excelente campanha foi confirmada com uma goleada por 6 a 0 sobre o Estrela de Guarulhos (SP). A segunda posição ficou com a Unesc/Criciúma (SC), que venceu a Sabesp/Pindamonhangaba (SP) por 4 a 1. Enquanto que a Unesc somou 12 pontos, Pinda ficou com nove. O Estrela foi o lanterna, sem pontuar.
No Grupo A, liderança da atual tricampeã e sediante UnoChapecó/Female (SC), com 12 pontos. Na rodada final, a mandantes foram surpreendidas pelo vice-líder com 11, Palmeiras/Barueri (SP), que as venceu por 3 a 2. Em terceiro, veio a Nacional Gás/Unifor, com 10 pontos, graças aos 7 a 1 que marcou no Chimarrão (RS). Fechando os classificados, veio o Barateiro/Brusque (SC), com sete, após bater ao São Caetano/Sabesp (SP) por 5 a 0. Sendo assim, Chimarrão foi quinto, com três, e as caetanenses ficaram em último, com zero.
Os confrontos das quartas de finais ficaram assim: UnoChapecó x ADJ/Jaraguá, Palmeiras x Pinda, Unesc x Nacional Gás e Kindermann x Barateiro. A vantagem de mando na segunda partida é sempre da equipe melhor posicionada na fase classificatória. Em caso de uma vitória para cada lado ou dois empates, teremos prorrogação e, se necessário, pênaltis.
* Jogo emocionante com final triste para as cotianas
A Kurdana veio para quadra novamente alternando nas formações, o que tornou o jogo mais dinâmico por parte das paulistas: atacava e defendia de acordo com o momento da partida. Banana incomodava ao adversário com potentes chutes de longe, ao passo que Faísca mostrava seu jogo veloz.
Mesmo assim, veio o primeiro gol de Jaraguá. Numa bobeada defensiva, Cabrera aproveitou e bateu cruzado, pela esquerda, abrindo o placar aos cinco minutos. As cotianas reagiram rápido e no minuto seguinte, num lance de velocidade, Susana recebeu na direita e tirou da goleira Simone, partindo para o abraço.
O resultado ainda não servia para a Kurdana, que levava perigo ao gol adversário. A ADJ jogava nos contra-ataques e retomou a dianteira com Gaby, aos nove minutos. As paulistas não se desesperaram e passaram a trabalhar a bola. Até que, aos 14 minutos, pela esquerda, Banana roubou de uma adversária, rolou para Karina e recebeu de volta; o seu chute saiu cruzado, forte, com fúria, balançando as redes. 2 a 2 levado para o intervalo.
Era um bom jogo, agradável aos espectadores mas tenso para quem estava em quadra. Mais que uma partida, valia o passaporte para as quartas de finais. Cotia criava mais, levando perigo tanto de fora quanto dentro da área. Pri recebeu amarelo na ADJ.
Vendo o tempo passar e necessitando do gol, a técnica Andressa Azevedo fez duas apostas: Priscila, de goleira-linha e Fran Amorim no pivô. Deu certo! Aos 11, Fran recebeu na entrada da área e bateu de primeira; o chute saiu mascado e foi no canto oposto de Evelen. 3 a 2 e o sonho da vaga virando realidade.
Só que, infelizmente, não foi este o final feliz. Aos 16, falta para Jaraguá, perto da marca dos dez metros. Jessikinha bateu forte e alto; a bola foi no ângulo esquerdo de Márcia, sem chances de defesa. 3 a 3.
Priscila voltou a ser goleira-linha. Nos minutos finais, só deu Kurdana. Rondava e rondava o gol adversário. Perto do zerar do cronômetro, Aline Lum recebeu bola no centro da área; bem marcada, não conseguiu bater de jeito para o gol, com a bola indo por cima.
Apito final e tristeza no lado cotiano. A equipe veio disposta a conseguir a vaga e não a obteve. Entretanto, toda competição - vencendo ou não - traz consigo diversos aprendizados. As guerreiras voltaram para casa com um só objetivo em mente: trabalhar mais e mais para os próximos desafios nacionais.
