quinta-feira, 29 de março de 2012

MG01: Estadual feminino A1: Rodada cheia de gols e jogos...

MG01: Estadual feminino A1: Rodada cheia de gols e jogos...: Esta rodada do Estadual feminino série A1, foi de arrancar o folego dos torcedores e amadores do futsal das mulheres que agitam o estado...

segunda-feira, 26 de março de 2012

Flexibilidade: mais uma novidade na ACEK/Cotia

Novos métodos de trabalho surgem na ACEK a todo momento, e neste ano a nova metodologia é aplicar o treino de flexibilidade para que nossas atletas possam sentir-se bem com seu corpo, além de ajudá-las com a amplitude de seus movimentos e articulações protegendo-as de possíveis lesões. Os treinos são realizados duas vezes na semana, com a atleta de rendimento da Ginástica Rítmica (GR) e estudante de Educação Física Jéssica, tendo uma hora de duração aproximadamente.

Os treinos começaram por volta de duas semanas atrás e estão sendo bem aceitos pelas atletas. Ele começa como um alongamento e no segundo momento os exercícios são forçados e trabalhados em duplas para garantir um resultado positivo.

A renovação deste treino provocou dores musculares nos primeiros treinos em quase todas as meninas, e agora a sensação é de relaxamento, mesmo com a flexibilidade baixa na maioria dos casos. Ainda com dores, as garotas não desanimam e mostram porque são conhecidas como guerreiras, que não olham para as dificuldades, e sim, as enfrentam, pois sabem que será para o seu melhor rendimento dentro de quadra e/ou campo.

A treinadora Jéssica estudou movimentos de amplitude voltados para o futebol com a ajuda de sua técnica/professora Maria José, conhecida como Zeza, que trabalha com a ginástica no ginásio de esportes de Cotia envolvendo iniciantes, categorias de base e rendimento.


Por: Fabiana Ribeiro

quinta-feira, 22 de março de 2012

Comunicado de Assessoria de Imprensa da ACE Kurdana/Cotia (SP)


Nesta quinta-feira (22), a assessoria de imprensa da ACE Kurdana/Cotia (SP), clube de futsal feminino e masculino, futebol feminino e vôlei masculino, está oficializando suas mudanças. O assessor Ricardo Silva, que aqui escreve, está deixando o trabalho.

Tais mudanças estão ocorrendo devido à proposta vinda da cidade de Chapecó (SC), para assumir a assessoria de imprensa do futebol masculino da Associação Chapecoense de Futebol e do futsal feminino da Unochapecó/Nilo Tozzo/PMC/Aurora/Female, e por mim aceita. O técnico do futsal feminino e gerente administrativo do futebol, Éder Popiolski, formulou a porposição há aproximadamente um mês.

Comunicada do fato, a ACE Kurdana entendeu que, para o crescimento profissional do assessor, o novo trabalho é bem vindo, A presidenta Andressa de Azevedo liberou-me, dando total apoio e incentivo, mostrando que dá oportunidade de desenvolvimento aos que com ela trabalha.

Afirmo que estou muitíssimo feliz de ter recebido o convite. Foi a terceira vez em que as partes estiveram em contato, visto que sou amigo de Éder há quatro anos. E também muito me contentou a reação positiva de Andressa, mostrando sua dignidade sem fim, que me faz admirá-la desde que a conheci, em 2007.

Como todos sabem, o futebol masculino tem visibilidade superior ao futsal feminino. E a Chapeconese, atual campeã catarinense,  está na Copa do Brasil (ontem mesmo classificou-se à segunda fase, na qual pegará o Cruzeiro) e na Série C do Brasileirão. Por outro lado, vou poder continuar trabalhando com o salonismo entre as mulheres, minha verdadeira paixão, e junto de um clube multicampeão (a Unochapecó é tricampeã mundial, tetra da Liga Futsal e tri da Taça Brasil).

Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer todo o clube cotiano, desde atletas até o pessoal de comissão e diretoria. Após passar por dificuldades, fui muito bem recebido aqui em 2010, desfrutando de momentos ímpares. Foram vitórias, títulos, matérias, fotos e viagens que jamais esquecerei. Amizades que levarei comigo e histórias maravilhosas.

Não me esqueço também os bons amigos da imprensa, que publicaram os materiais da Kurdana e deram a visibilidade merecida às guerreiras de Cotia. Tambem ofereço lembranças à toda comunidade do futsal feminino, que muito elogiou o meu trabalho e se alegrou com a excelente proposta chapecoense. As garotas das quadras provaram que rivalidade é só no jogo; graças à vocês, o meu serviço alcançou lugares inesperados.

A Kurdana continuará com o seu site e terá duas novas assessoras. Mostrando que forma as atletas para a vida, duas delas assumirão a função. A ala Fabiana Ribeiro, conhecida como Banana, fará as matérias cotidianas e dos jogos. E a goleira Márcia Gomes fará matérias especiais. Peço aos colegas de imprensa que as tratem do mesmo bom modo que recebem os meus textos e fotos.

Ademais, apesar da mudança, seguirei como colaborador do site, ajudando na edição das paginas internas. É o meu modo de mostrar carinho e gratidão ao clube, pois é algo que consigo fazer em meu tempo livre.

Viajo na noite desta quinta-feira. Amanhã, já assumo as funções em Chapecó. Vou para a quadra fotografar e escrever sobre a partida de apresentação da Unochapecó/Female. Será às 20 horas na cidade que me abrigará, contra o campeão paranaense de futsal feminino, Paraná Clube/Dom Bosco. O meu trabalho poderá ser acompanhado nos sites http://www.femalefutsal.com.br e http://www.chapecoense.com .

Grato pela atenção, e desejando todo sucesso do mundo à ACE Kurdana/Cotia!
Ricardo Silva

Estadual Principal: Kurdana/Cotia terá clássico regional contra Taboão da Serra neste sábado


O Estadual Paulista Principal de futsal feminino já contará com um clássico regional logo nas rodadas iniciais. No próximo sábado (24), a Kurdana/Cotia sai de sua casa para enfrentar Taboão da Serra. A peleja será às 19 horas, no Ginásio Presidente Ciro I (zona leste de São Paulo).

Visando a partida, as cotianas estão treinando forte. Após estrear empatando em casa com Jacareí por 3 a 3, no último dia 14, a Kurdana quer conquistar sua primeira vitória na competição, justamente contra o rival. A equipe está consciente que, nesta Série A-1 de 2012, todo jogo é uma decisão.

Já Taboão, que estreou com derrota de 6 a 2 para o São Caetano/Drummond no ABC, no dia 15, busca marcar seus primeiros pontos neste confronto importante. A partida será no Ciro I pois o novo ginásio adversário, com medidas oficiais, ainda não está pronto.

Em 2011, o único confronto entre as equipes, no futsal, foi nos Jogos Abertos da Juventude - fase regional, nas quartas de final. Nos domínios do rival, empate emocionante em 1 a 1 no tempo regulamentar; nos pênaltis, melhor para Cotia, vencendo por 2 a 1, com Tati pegando a cobrança decisiva.

* Kurdana aposta nas suas estrelas; Taboão coloca as fichas nos reforços

Cotia aposta suas fichas em Aline Lum. Com seus dois gols marcados contra Jacareí, ela começou o Estadual na artilharia, ao lado de Bruna Franklin (São Caetano), Roberta e Tamyris (ambas de Marília). Além disso, tem Susana com grande força ofensiva e a sólida marcação da dupla Arine/Karina, muito utilizada na estreia. Por outro lado, os desfalques de Márcia, Lorraine e Xininha prosseguem, além de Dai Carioca - expulsa na primeira partida.

Taboão, por sua vez, conta com seis reforços. Destaques para a goleira Katita e Tiko, ambas ex-Kurdana e que, na temporada passada, defenderam o tradicional Chimarrão (RS), participando das competições nacionais. Marina, revelação de Marília no Metropolitano, é outra novidade bem comentada.

O mais importante é que, tudo isso, são os ingredientes para um delicioso clássico. Perfeito para as torcidas dos dois lados saborearem na próxima noite de sábado.

* Mais da Série A-1

Além do empate em três de Kurdana e Jacareí e a vitória de São Caetano sobre Taboão, tivemos a ADPM/Marília vencendo em casa ao XV de Piracicaba/Rezende por 5 a 2, no dia 17. Com o resultado, Marília está mostrando ir além de uma grata surpresa no Metropolitano passado. Sendo assim, caetanenses e marilienses lideram a Série A-1 com três pontos, seguidos de Kurdana e Jacareí com um. Lembrando que são quatro as equipes que passam aos mata-matas, após os dois turnos da fase de classificação.

O fim de semana contará com mais três partidas fora o clássico entre Cotia e Taboão. No sábado, o Grêmio Osasco estreará fora de casa, contra o XV de Piracicaba, às 15:30. Meia hora depois, será a vez do Pinda EC debutar no campeonato, contra Marília. E as marilienses dormirão no Vale do Paraíba para, no domingo, enfrentar Jacareí às 16 horas.

Restará apenas uma equipe para estrear: o Jaguaré/Palmeiras, em jogo no dia 29, no seu mando, contra São Caetano. A partida está programada para as 21:30.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Jornalista Ricardo Silva vai atuar no futsal e futebol catarinense

Foto: Rodolfo Buzato

Por: Márcia Gomes

O tão conhecido e querido assessor, jornalista, fotógrafo e formado em Terapia Ocupacional Ricardo Silva está de saída da Kurdana/Cotia e de São Paulo. O competente profissional e maior colaborador do futsal feminino paulista recebeu uma proposta para trabalhar em Chapecó (SC), à convite do técnico da Unochapecó/Female Éder Popiolski.

Com seu currículo vasto e experiente no futebol e futsal feminino, o "Enciclopédia do Futebol" Ricardo Silva coleciona admiradores e prêmios, e tem uma história muito bonita nas modalidades. "Estou ao mesmo tempo feliz e com saudades. Comecei minha carreira no futsal feminino paulista em 2007, meio desacreditado. Eu era só um torcedor maluco pela modalidade, mas tinha muitas idéias", explicou.

Ele foi colocando em prática e tudo ocorreu melhor que ele esperava. "Meu início já foi num grande clube, onde tive o prazer de conviver com jogadoras maravilhosas - que são minhas amigas até hoje. Fui para competições nacionais, cobri eventos internacionais e passei por emoções maiores do que na torcida", diz Ricardo, orgulhoso de seus trabalhos.

Com o passar do tempo, ele já estava registrando outras modalidades no meio esportivo, mas o futsal continuou sendo sua maior paixão, apesar das decepções. "Meu coração não deixava eu largar o salonismo entre as mulheres - minha verdadeira paixão. Só que isso não impediu de sofrer um desgosto na carreira, em 2010, sendo que fiquei seis meses sem pagamento", desabafou o jornalista.

Mas com seu talento e suas fotos, que conquistavam todos que as viam, e suas postagens no site de seu antigo clube, Ricardo Silva teve sua oportunidade novamente. Os obstáculos foram superados mais uma vez, e a Kurdana o acolheu com o maior orgulho, carinho e respeito.

"Isso foi superado, porque vim para a Kurdana/Cotia, onde as jogadoras eram tão especiais quanto a do outro time anterior. Eu tenho sorte de fazer muitas amizades nesta profissão. Posso dizer até que sou bem quisto em diversos times - se não, todos. Inclusive, foi a minha amizade com Wendy (fixa cotiana) que me ajudou na vinda. No mesmo ano dei a volta por cima e meu trabalho continuou, tendo visibilidade no Brasil e no mundo", afirma Ricardo Silva.

E as dificuldades para um guerreiro sempre aparecem, mas são superadas. Em 2011, passou por dificuldades pessoais, de saúde, e viu o quanto era querido pelas pessoas. "Superei de novo, com muita ajuda e, em fevereiro último, veio este convite da UnoChapecó. Era a terceira conversa minha com o Éder Popiolski, de quem sou amigo desde 2008. Só que chegamos num bom acordo e, após conversar com meus atuais empregadores, decidi que era melhor eu me arriscar lá", explicou.

Com o apoio dos amigos e do seu clube atual, Ricardo teve o aval positivo de todos para seguir seu novo caminho. "Foi legal isso. Até a Andressa (presidente da Kurdana) me incentivou a ir, pois ela sabe o quanto o futebol masculino está na frente do futsal feminino, infelizmente. Ver que as pessoas querem meu crescimento é muito bom", declarou com ar de emoção.

O "Enciclopédia do Futebol" deixará São Paulo no dia 22 de março e já tem muito trabalho logo em sua chegada, assumindo a assessoria do futebol masculino e do futsal feminino. "E já vou chegar como gosto em Chapecó: tirando fotos e fazendo matérias. Nos dias 23 e 24, a UnoChapecó/Female fará um amistoso com o atual campeão paranaense, o Dom Bosco. Desço do ônibus e vou para a beira da quadra. Eu quero é mais! Quero mesmo é trabalhar muito e curtir esse bom momento, me dedicando aos meus novos clubes. Também quero cultivar as amizades e os sentimentos fraternos que ficarão aqui", prometeu o jornalista.

E a saudade já é grande dos amigos e cidades que Ricardo tem muito carinho: "Claro que já estou com saudades de São Paulo. Deixei muitas raízes e alegrias em Osasco, cidade onde nasci, e Cotia, que me adotou. Mas agora estou nesse novo projeto, grande", confirmou o jornalista já ansioso por novos horizontes.

A cidade de Chapecó tem o melhor futsal feminino do mundo, um futebol masculino campeão estadual e que ambiciona a Série B do Brasileirão, e Ricardo expressa sua alegria em fazer parte deste momento, prometendo fazer história. "Fiquei muito contente de receber o convite, e espero fazer um trabalho para entrar para história. Como diz um dos lemas da Female, 'o maior desafio a ser superado é sempre o próximo", declarou.

Ricardo Silva com Aline Lum, a Estrela Maior da Kurdana
Foto: Jéssica Spínola

Confiram a ficha do jornalista:

Nome: Ricardo Leme Bocci da Silva (Ricardo Silva)

15/05/1979 - Osasco (SP)

Assessor de imprensa, fotógrafo, jornalista e terapeuta ocupacional

Formação

Terapia Ocupacional - USP - 2001 (profissão que Ricardo confessa nunca ter gostado)

Gerontologia (pós-graduação) - PUC - 2003

Jornalismo - Uni Sant'Anna, 2008 e Uninove, 2009 (apesar de ter trancado no quarto semestre, a prática o fez um bom jornalista)

Assessor de imprensa desde 2007, especialista no futsal feminino

Clubes

2007 - Jaguaré/Corinthians/Osasco (futsal feminino)

2008 a 2010 - Jaguaré/Palmeiras/Osasco (futsal feminino)

2010 a 2012 - Kurdana/Cotia (futsal feminino, futebol feminino e vôlei masculino)

Free-lances

2008 a 2011 - Liga Osasquense de Futsal

2008 a 2010 - Uni Sant'Anna (Olimpíada Universitária-JUBs e Liga do Desporto Universitário)

2008 a 2010 - Prefeitura de Osasco (especialmente Regionais e Abertos)

2008 - Grêmio Osasco (algumas partidas de campo masculino)

2010 - Fupe (finais da Olimpíada Universitária Paulista)

2010 - São Luiz e Doce Veneno (clubes amadores de futsal feminino de São Paulo)

2010/11 - Dany, pivô

2010/11 - Prefeitura de Cotia (Regionais e Abertos)

2011 - Liga de Futebol Amador de Osasco

2011 - EsporteOsasco.com.br (site)

2011 - Nove de Julho (clube amador de futsal feminino de São Paulo)

2012 - Cilene, fixa

Clubes para o qual irá:

Associação Chapecoense de Futebol - futebol masculino

UnoChapecó/NiloTozzo/Female/PMC/Aurora - futsal feminino

Prêmio:

2008 - Troféu Colaboração/Imprensa da Federação Paulista de Futebol de Salão

A despedida

A gratidão deste jornalista, que teve uma parcela grande no fomento do futsal feminino paulista é muito grande.

"Tenho muita gente para agradecer. Não quero citar nomes para não esquecer um ou outro. Mas as pessoas que me foram ou são ainda especiais sabem que, nesta vitória, todas tem uma participação. Se tenho um nome forte no futsal feminino, é por causa delas. E quem tentou me derrubar, só afirmo mais uma vez que 'o mundo dá voltas e eu sempre ganho'. Já até esqueci dessas pessoas", afirmou.

No dia 14 de março, Ricardo fez o sua última cobertura no jogo entre Kurdana x Jacareí pelo Estadual Paulista e se emocionou. "Foi uma emoção muito grande, ainda mais que as pessoas dos dois times me parabenizaram pela novidade. Saio pela porta da frente e entrarei em outra porta também pela frente", diz o ex-assessor da Kurdana, finalizando com um sorriso, com olhos brilhando e feliz pela oportunidade.

Ricardo Silva com a autora da matéria
Foto: arquivo Márcia Gomes

Postagem no blog da goleira Márcia Gomes: http://marciagomes01.blogspot.com.br

sexta-feira, 16 de março de 2012

Vôlei masculino da ACEK Cotia comemorou respeitável 2011


Saindo do amadorismo, caminhando para o profissionalismo. O vôlei masculino de Cotia registrou grandes avanços na temporada passada. No seu primeiro ano federando-se através de um clube, a Associação Cultural Esportiva Kurdana, os rapazes da cidade faturaram um título e dois vices em competições oficiais, fechando um 2011 respeitável.

Com o nome de ACEK Cotia, a modalidade passou a integrar a Federação Paulista de Volleyball, e disputou dois campeonatos na Primeira Divisão da entidade: o Paulista de Vôlei (primeiro) e a Copa Piratininga (segundo semestre), sendo vice nesta última. A combinação dos dois forma o Campeonato Estadual, com os campeões de cada parte fazendo uma superfinal.

Por sua vez, o ouro foi obtido com o bicampeonato na Segunda Divisão dos Jogos Abertos do Interior. O outro vice foi na Primeira Divisão dos Regionais. Em termos de finais, um total excelente de três em quatro certames disputados.


Apesar da evolução, a ACEK não esqueceu suas raízes amadoras - ainda mais que a equipe se fortaleceu nestas, atuando desde 2007. Disputou competições da Liga de Voleibol de Sorocaba e Região e da Associação Paulista de Vôlei, faturando títulos em ambas nesta temporada. Motivos de sobra para o técnico Leandro Yoshizumi festejar.

Para 2012, a ACEK Cotia quer se manter nas competições da Federação e da Secretaria do Estado. Os campeonatos amadores não estão descartados, mas servirão cada vez mais como laboratório para os torneios oficiais. Nos bastidores, a equipe está negociando reforços: com as boas campanhas, atletas de outros municípios e clubes estão desejando defender a camisa preta cotiana.

Vamos à um apanhado da temporada.

* Entrada na Federação foi difícil


Após muita luta, o vôlei cotiano conseguiu sua inscrição na Federação da entidade. Acontece que o esporte é bastante exigente, e não é qualquer clube que pode se federar. A entrada, por si só, mostra que o munícipio atingiu um bom nível de organização no esporte.

Como ACEK Cotia, a equipe estava habilitada a disputar a Primeira Divisão. Acima desta, há apenas a Divisão Especial, disputada até pelos clubes da Superliga, que ocorre apenas no segundo semestre. Para ascender à ela não basta vencer a Primeirona, na metade inicial do ano: tem que cumprir mais exigências.

Só que o mundo é de quem arrisca, e lá foi a ACEK para o Campeonato Estadual em maio. Na fase do Paulista, composta por oito equipes, jogos duríssimos e derrotas que poderiam até questionar o projeto. Nos quatro primeiros jogos, nenhum set ganho.


Paciência e trabalho formaram a receita para chegar na primeira vitória. E ela veio fora de casa, contra Limeira, por 3 sets a 2. E quis o destino que a primeira em casa, pelo mesmo placar, fosse contra São José dos Campos. A ACEK vencia nada menos do que o futuro campeão da competição - que fora disputar a Divisão Especial ainda em 2011.

Houve uma quinta derrota, mas os dois triunfos animaram, dando um sexto lugar bom pelas circunstâncias iniciais. Motivação em alta para os Regionais.

* Regionais: só perdendo para clube da Superliga


Santo André recebeu os Jogos Regionais em julho. Cotia estava inscrita na Segunda Divisão mas, em sendo a única cidade na categoria livre, ganhou duplo acesso, com direito de disputar a elite em 2011 e 2012. De quebra, já havia garantido a vaga nos Abertos do Interior.

Mas Leandro Yoshizumi queria mais. Na primeira fase, segundo lugar na chave, sendo parado apenas pela BMG/São Bernardo, clube da Superliga. Nos mata-matas, show nas quartas e semifinais, atropelando Osasco e o Santos FC em sets diretos. Destaques para o capitão Renato, para os bloqueios fatais de Alê e a atuação de Wagner Sousa na ponta.

Na final, no dia 26, partida equilibrada. Surpreendendo o BMG/São Bernardo, a ACEK saiu na frente. Porém, o adversário virou e ficou com o ouro. Os rapazes de Cotia saíram orgulhosos de quadra, pois todos de fora comentaram a evolução da equipe.

* Piratininga: fazendo história


Agora podia vir qualquer um - eles não temiam mais ninguém. A Copa Piratininga da Federação começou em setembro e aconteceu com sete equipes. A ACEK queria mesmo era estar à frente de todas. Chegou a liderar a fase de classificação e só não terminou na ponta devido ao set average - ficando para a Funvic/Pinda.

Cinco vitórias e uma derrota, justamente apenas para a equipe do Vale do Paraíba. Em casa, a torcida começava a comparecer em maior número, satisfeita com os resultados e a garra dos meninos. A mudança de mando do Ginásio da Polisport (Granja Viana) para o Ginásio Municipal também ajudou.

Além das já esperadas boas atuações de Alê, Renato e Wagner, os levantadores Eric e Marcos faziam a diferença - qualidade dupla na função. Conte-se também a energia contagiante de Renan, vibrando a cada lance como um guerreiro no campo de batalha.


Ainda não estava bom. A história no esporte precisa de emoção. Dia 01 de novembro foi a data reservada para o fato épico. Semifinal contra Presidente Prudente, em casa.

Set inicial prudentino, com 18 a 25. Parcial seguinte adversa novamente, em 23 a 25. Abaixar a cabeça? Jamais, aqui é Cotia! Após broncas de Leandro e com os atletas se cobrando por uma melhora, terceiro set em 25 a 21. Estávamos vivos e a reação prosseguiu. Quarto set em 25 a 20. Tudo igual, e teríamos tie-break.


Agora era só coração. Equipes exaustas, e ambas já haviam dado o seu melhor. Disputa ponto a ponto. Prudente saiu na frente. Cotia reagiu, tomando a dianteira no 12º ponto. Na hora que o detalhe fez a diferença, a ACEK não falhou. O capitão Renato assumiu a responsabilidade, como um líder, e Alê era a expressão da firmeza de sua equipe - impondo respeito ao desafiante.

16 a 14, virada de 0 a 2 para 3 a 2, e uma equipe explodindo em festa, aplaudida pelos fervorosos e emocionados fãs. Cotia estava na final de uma competição federada, logo no seu primeiro ano. Valeram à pena o duro aprendizado do início e as dúvidas da caminhada. Afinal, até os fortes têm o seu momento de incerteza - eles são necessários para chegar ao triunfo.

* Abertos do Interior: time 'copeiro' e bicampeonato em Mogi


Antes da final do Piratininga, tivemos os Jogos Abertos do Interior, no mesmo novembro histórico da classificação, em Mogi das Cruzes. Cotia pisava lá como favorito na Segundona. Ainda mais que fora campeão em 2009 e vice em 2010.

Era bom por um lado, por deixar os adversários temerosos, mas ruim pois poderia dar excesso de confiança. Na fase de grupos, um inesperado segundo lugar na chave, após uma derrota para Santana de Parnaíba. A ACEK teria que percorrer o caminho mais difícil.

Perderam na hora certa! Nos mata-matas, os rapazes de Cotia mostraram raça. No melhor estilo copeiro, derrubaram um a um. Nas quartas, a forte equipe de Guarulhos, tida como favorita à fazer a final com a ACEK. Vitória por 3 a 2 para os meninos de camisa preta, em bela atuação do levantador Wagner Santos - ou seja, qualidade tripla numa posição tão fundamental.

Semifinal foi mais tranquila, marcando 3 a 0 em Tietê. Eis que chegou a final (terceira seguida da história cotiana), no dia 14. Duelo com Jacareí, a quem Cotia conhecia bem, pelos campeonatos da Federação. A ACEK venceu uma vez, o Vale venceu outra. Hora do desempate, valendo ouro na Olimpíada Caipira.

Jacareí saiu na frente. Cotia virou. O adversário empatou. Só que a ACEK adora tie-break, perdendo apenas um de seis que disputara até então no ano. Não deu outra. Renato estava impossível no saque. O trio Max-Vinícius-Wagner Sousa formou um paredão no bloqueio. 15 a 9 e bicampeonato conquistado, com sabor de superação.

* Fechando o ano com honra e troféu


Bom, agora sim, com o bi no bolso, vamos à final do Piratininga. Se Cotia vencesse, teria que fazer uma superfinal para definir quem era o melhor do Estado na Primeira Divisão.

O adversário era Pinda, fora de casa, no dia 26 de novembro. E ele poderia faturar o título estadual direto: foi vice do Paulista, mas contou como campeão no ranking pois o vencedor, São José, já subira de divisão.

A ACEK fez seu melhor, mas não foi possível a vitória. Diante de um clube que se preparava para a Superliga B, placar adverso sem vencer sets. Verdade que não era a contagem sonhada, mas a honra foi mantida. Um belo vice, para quem estreava em tão exigente Federação.


Agora sim, os rapazes poderiam descansar tranquilos, com a sensação de um trabalho bem feito. O vôlei masculino de Cotia nada mais era do que um grupo de amigos que adoravam praticar o esporte nas horas vagas. Aos poucos, foram entrando em campeonatos. E, agora, disputam torneios oficiais.

Nas palavras do comandante Leandro: "Isso que é legal. Somos e continuamos sendo o grupo de amigos. Começou assim, foi vencendo e, agora, chegou nesse ponto de respeito dos clubes, sejam grandes ou pequenos. Dos campeonatos amadores a ser ACEK Cotia na Federação foi - e está sendo - uma caminhada muito boa. E, claro, não deixo de agradecer o apoio irrestrito do nosso governo municipal".

* Campanha da ACEK Cotia nas competições oficiais de 2011


Paulista da Federação - 1ª Divisão - 1º Semestre (sexto lugar)
07/05 - Presidente Prudente 3-0 ACEK Cotia
11/05 - ACEK Cotia 0-3 Funvic/Pindamonhangaba
26/05 - Jacareí 3-0 ACEK Cotia
02/06 - ACEK Cotia 0-3 Rio Claro
04/06 - Limeira 2-3 ACEK Cotia
15/06 - ACEK Cotia 3-2 São José dos Campos
18/06 - Americana 3-2 ACEK Cotia

Jogos Regionais de Santo André - 1ª Divisão (vice-campeão)
21/07 - ACEK Cotia 2-0 Jandira
22/07 - ACEK Cotia 0-2 BMG/São Bernardo
24/07 - ACEK Cotia 3-0 Osasco
25/07 - ACEK Cotia 3-0 Santos FC
26/07 - ACEK Cotia 1-3 BMG/São Bernardo

Copa Piratininga da Federação - 1ª Divisão - 2º Semestre (vice-campeão)
15/09 - ACEK Cotia 3-1 Jacareí
17/09 - ACEK Cotia 3-0 Presidente Prudente
01/10 - Funvic/Pindamonhangaba 3-1 ACEK Cotia
08/10 - Rio Claro 0-3 ACEK Cotia
20/10 - ACEK Cotia 3-1 Limeira
22/10 - Assis 2-3 ACEK/Cotia
01/11 - ACEK Cotia 3-2 Presidente Prudente
26/11 - Funvic/Pindamonhangaba 3-0 ACEK Cotia

Jogos Abertos do Interior - 2ª Divisão (bicampeão)
10/11 - ACEK Cotia 2-0 Osasco
11/11 - ACEK Cotia 0-2 Santana de Parnaíba
12/11 - ACEK Cotia 3-2 Guarulhos
13/11 - ACEK Cotia 3-0 Tietê
14/11 - ACEK Cotia 3-2 Jacareí

Resumo:
25 jogos - 15 vitórias, 10 derrotas
47 sets vencidos, 42 sets perdidos
1 título e 2 vices

quinta-feira, 15 de março de 2012

Estadual Paulista Principal: abrindo a competição, Kurdana/Cotia e Jacareí empatam num jogão de bola


Como esta assessoria já se pronunciou antes, o Estadual Paulista Principal de futsal feminino deste ano será o melhor do século. E a partida de abertura demonstrou isso. Na tarde ensolarada desta quarta-feira (14), Kurdana/Cotia e Jacareí Futsal empataram em 3 a 3. O jogão de bola aconteceu no Ginásio Municipal cotiano.

Com alto nível técnico e belos lances, o público se empolgou com a atuação das cotianas: ficaram duas vezes atrás por dois gols e buscaram o empate. Um resultado que seria considerado ruim dentro de casa, ainda mais com o intenso domínio exercido, mas foi bom pelas circunstâncias adversas na contagem. Por outro lado, as jacareienses não fizeram por menos, valorizando cada minuto da peleja.

Agora, as equipes aguardam seus compromissos na segunda rodada. A Kurdana volta a jogar no dia 24 (sábado), às 19 horas, contra Taboão da Serra, num clássico regional. Em virtude da quadra antiga taboanense não atender as normas da Série A-1, a partida será no Ginásio Presidente Ciro I - mando adversário até a nova quadra oficial ficar pronta. A equipe do Vale do Paraíba atuará no dia seguinte, em casa, contra a ADPM/Marília, surpresa do Metropolitano 2011.

* Cenário interessante e cinco gols na primeira etapa


Montemos o cenário antes. A Kurdana entrou em quadra apoiada pela sua torcida, fazendo o seu primeiro jogo oficial do ano. As cotianas estavam ansiosas por mostrar produtividade após a pré-temporada de fevereiro e os treinos deste mês. Entretanto, o time tinha três desfalques: a goleira Márcia aguardando operação no joelho direito, a ala Lorraine em fisioterapia pós-cirúrgica e a pivô Xininha, com uma pequena lesão no joelho esquerdo nos treinos desta semana.

Jacareí vinha sem o mesmo tempo de treino mas estava embalado pelo bi da Taça Vanguarda e por cinco contratações (Débora e Débora Kobal do Palmeiras, Elisane de Araraquara, Cris do São Caetano e Agda do AD Jaraguá - SC), compensando três perdas (Jessiquinha, recuperando-se de cirurgia, Taiane, que foi para o Grêmio Osasco, e Cacá, que está no Blumenau-SC).

E Cotia começou marcando pressão. Quando a posse de bola era jacareiense, as quatro atletas de linha sufocavam a boa equipe visitante. Tanto que, logo aos 46 segundos, Cris tomou amarelo. Aline Lum e Susana não davam um segundo de sossego à retaguarda. Além disso, Arine teve chance contida pela goleira Camila.

Mesmo estando melhor no jogo, Cotia sofreu um gol. Contra-ataque pela direita; Cilene bateu cruzado, a goleira Tati espalmou e Débora empurrou para as redes, aos seis minutos. Abalada pelo gol, a Kurdana demorou para se achar, e sofreu outro tento aos nove, em trama pelo meio que Elisane concluiu.

Após equilibrar sua defesa, a Kurdana voltou à postura ofensiva. O prêmio não tardou. Aos 12 minutos, Banana fez lance individual pelo meio e bateu forte, em jogada característica, vencendo Camila e vibrando intensamente.


Dois minutos mais tarde, falta para Jacareí. Em jogada na ala direita, Gláucia bateu cruzado e ampliou para 3 a 1. Só que ainda tinha muito jogo pela frente, e Jacareí começou a mostrar cansaço cedo. Karina, no lado cotiano, perdeu chance dentro da área.

Já aos 15, Susana deu passe curto à Aline Lum, na esquerda; a própria Lum chutou caindo, tirando da marcação e colocando a bola no lado oposto, batendo na trave e estufando as redes. Diferença em apenas um tento antes do intervalo. Mais um amarelo foi dado no lado visitante - para Elisane.

* Estrela Maior, a quinta goleira-linha cotiana


Voltemos no tempo. Metropolitano 2011: em Cotia, o jogo contra Jacareí na fase de grupos também terminou em 2 a 3 na primeira etapa. Aquela partida acabou 5 a 8. Hoje, neste março de 2012, nada de desatenção da Kurdana. Uma mistura de toque de bola refinado, disciplina tática e raça.

Do outro lado havia uma boa equipe, com atletas da Seleção Paulista e uma da Brasileira (Cilene). Não podia dar em outra coisa, a não ser um jogo de alta qualidade.

A Kurdana dominava a partida, mantendo a marcação cerrada de saída de bola. Dai Carioca, na ala, preocupava a equipe jacareiense. Incontáveis oportunidades foram criadas. Susana, Arine e Karina tiveram arremates defendidos por Camila.

Os ânimos ficaram exaltados dos dois lados. Em quadra, lances ríspidos. No banco, o massagista de Jacareí, Allan Pelogia, foi expulso. As visitantes, apesar de se defenderem, ainda buscavam ampliar a vantagem, usando-se de contra-ataques puxados por Cilene, procurando Elisane e Débora. Tati trabalhou bem, salvando dois lances das pivôs de preto.


Já que o gol não saía para o time da casa, o jeito foi usar a goleira-linha. Algo que, quem vê a equipe da técnica Andressa de Azevedo, está acostumado. Podia ser Priscila, Karina, Wendy, Déby... Só que Sessa já tem sua quinta-goleira linha: Aline Lum. Sim, a Estrela Maior de Cotia. Ela fez essa função na final do Piratininga do ano passado, nos minutos derradeiros. Naquela vez, foi para despistar o adversário. Hoje não. O objetivo era resolver a parada.

No começo, um pouco de dificuldade. Tanto que Lum cometeu falta para evitar contra-ataque, tomando amarelo. Nada que impedisse um belo tento. Aos 15 minutos, Dai Carioca invadiu a área pela direita, driblou duas e achou a ousada Aline na linha da trave esquerda. Que goleira-linha mais adiantada, não? E ela não perdoou: mandou para as redes e partiu para o abraço. Segundo de Lum, escolhida a melhor do jogo, empatando-o em 3 a 3.

E tinha mais emoção pela frente. Mesmo cansado, Jacareí tentou retomar a dianteira. Dai Carioca evitou chance visitante com falta e recebeu amarelo, aos 18.

Ainda como quinta jogadora, Lum bateu na esquerda buscando o ângulo oposto. Seria um golaço, para pagar ingresso de novo (se fosse cobrada entrada no futsal feminino). Mas a bola foi para fora.

Como a Kurdana seguia com a goleira-linha, o jogo ficou, até o fim, extremamente franco. Em lance que poderia gerar o gol da vitória, Dai Carioca recebeu bola na direita e não conseguiu arrematar. Porém, naquele instante, Cris entrou com um carrinho perigoso, ao passo que Dai chutou a adversária. Não houve dúvidas: vermelho para as duas boas jogadoras, faltando 30 segundos.

Havia pouco tempo e os dois lados estavam com uma a menos. Ainda assim, tivemos um bate-rebate de Cotia dentro da área, enquanto que Jacareí chutou bola da sua meia quadra. Nada adiantava pois o resultado já estava selado. Um belo 3 a 3, digno de dizer que o futsal feminino é uma modalidade onde se encontram juntas técnica, garra e amor pelo que se faz.


* Ficha técnica

Kurdana/Cotia 3-3 Jacareí Futsal
Local: Ginásio Municipal de Cotia
Árbitros: Evandro Tardelli e Ivanílton Pereira da Silva
Gols: Débora, 7' 1t (0-1); Elisane, 10' 1t (0-2); Banana, 13' 1t (1-2); Gláucia, 15' 1t (1-3); Aline Lum, 16' 1t (2-3); Aline Lum, 15' 2t (3-3)
Melhor em quadra: Aline Lum (Kurdana)
Cartões amarelos: Dai Carioca e Aline Lum (Kurdana); Cris e Elisane (Jacareí)
Cartões vermelhos: Dai Carioca (Kurdana); Cris e Allan Pelogia-massagista (Jacareí)

Kurdana: Tati (goleira); Arine (capitã), Karina, Aline Lum e Susana. Entraram: Banana, Dai Carioca, Déby, Aliny Neguinha, Priscila e Wendy. Técnica: Andressa de Azevedo

Jacareí: Camila (goleira); Cilene (capitã), Cris, Gláucia e Débora. Entraram: Agda e Elisane. Técnico: Luís Fabiano

Vejam todas as fotos do jogo:

terça-feira, 13 de março de 2012

Elenco adulto da Kurdana/Cotia para 2012 está praticamente definido


Deu um pouco de trabalho mas o elenco adulto de futsal e futebol feminino da Kurdana/Cotia para 2012 está praticamente definido. Serão, ao todo, 24 atletas defendendo o clube cotiano em competições estaduais e nacionais.

A equipe se prepara para o seu primeiro jogo oficial no ano. Será nesta quarta-feira (14), às 16 horas, no Ginásio Municipal de Cotia, contra Jacareí. A peleja marca a estreia no Estadual Paulista Principal de futsal feminino, bem como a abertura da competição. Nesta, o clube cotiano busca seu segundo título.

* Juventude reforçada, manutenção do elenco experiente e estrela maior

O alto número se deve à um importante campeonato estadual: os Jogos Abertos da Juventude, tanto no salão quanto no campo. Os chamados 'Joguinhos' não seguem o padrão FIFA de idades, ao qual o torcedor está acostumado. A competição é Sub 18 e não Sub 17. Com ao menos cinco atletas nascidas no ano limite de 1994, Cotia irá forte para a fase regional, buscando vaga na fase final.

Em relação ao ano passado, pouquíssimas mudanças. Das 17 componentes, 16 permaneceram. As únicas alterações foram a saída de Ariádne, que parou a carreira esportiva para se dedicar aos estudos, e as especificações de categorias para Mar Selly (jogará apenas futebol de campo) e Aliny Neguinha (exclusiva do salão).

Da base de 2011, vieram quatro. Soma-se mais uma atleta aprovada nas peneiras de janeiro para o elenco adulto. As contratações eram duas: a goleira Elaine e a zagueira/fixa Dayane. Entretanto, Dayane não permaneceu, pois não chegou à um acordo com o clube. Para repor rapidamente a sua vaga no Sub 18 veio Taiane, atleta do Baby Barioni, pelo qual disputou a Copa Regional de futsal e a Copa Futebol Mulher do ano passado.

Por fim, mais uma acabou de chegar, proveniente do desmanche do rival Taboão da Serra, no futebol de campo: Natany fez testes e foi aprovada pela técnica Andressa de Azevedo, aumentando o total de mulheres adultas no time. Há outra taboanense, de 18 anos, em fase de avaliação.

O maior destaque do elenco continua sendo Aline Lum. Completando 21 anos nesta temporada, terá seu último ano de Jogos Regionais e Abertos do Interior. Sua habilidade no futsal e futebol chama a atenção de todos. Embora humilde, podemos dizer que ela é a estrela maior da Kurdana.

* Lista do elenco adulto 2012 - Kurdana/Cotia (com idades a completar)

Total: 24 atletas

Permanências - 16

Márcia (goleira) - 28 anos
Tati (goleira/lateral direita) - 19 anos
Arine (fixa/zagueira) - 25 anos
Wendy (fixa/volante) - 25 anos
Karina (fixa/volante) - 21 anos
Fran Amorim (fixa/zagueira) - 20 anos
Aliny Neguinha (ala) - 26 anos
Priscila (ala/meia) - 28 anos
Banana (ala/lateral esquerda) - 31 anos
Lorraine (ala/atacante) - 21 anos
Dai Carioca (ala/meia) - 23 anos
Aline Lum (ala/meia) - 21 anos
Susana (pivô/meia-atacante) - 29 anos
Xininha (pivô/lateral direita ou zagueira) - 29 anos
Déby (pivô/atacante) - 19 anos
Mar Selly (atacante) - 31 anos

Contratada - 1
Elaine (goleira) - 23 anos

Aprovada em peneira - 1
Aline Melo (ala/meia) - 18 anos

Promovidas da base - 4
Brenda (fixa/zagueira) - 19 anos
Lettycia Gomes (fixa/zagueira) - 18 anos
Aninha (ala/volante ou meia) - 18 anos
Thays (pivô/lateral esquerda) - 18 anos

Aquisições extras - 2
Natany (zagueira) - 19 anos
Taiane (ala/meia-atacante) - 18 anos

Comissão técnica
Treinadora: Andressa de Azevedo
Auxiliar: Rogers Willian
Massagista/roupeira: Maria José Bezerra
Fisioterapeuta: Leandro Yoshizumi
Diretor de futsal: Daniel Souza

domingo, 11 de março de 2012

Estadual Principal: Kurdana/Cotia abrirá a competição


Finalmente saiu a tabela definitiva do Estadual Paulista Principal de futsal feminino - Série A-1. A Kurdana/Cotia terá a honra de abrir a edição 2012 da competição. A equipe estreará em casa, no Ginásio Municipal, contra Jacareí, às 16 horas de quarta-feira (14).

No ano passado, a Kurdana também abriu o certame. Na condição de campeã de 2010, foi à Piracicaba e empatou com o XV/Rezende local por 1 a 1. A equipe, que está em treinamento desde o dia 01 de fevereiro, aguardava ansiosamente pelo início da atual edição - na qual tentará o seu segundo título e o retorno à Taça Brasil.

Todas as partidas em casa da Kurdana seguirão o mesmo padrão da estreia: 16 horas de quarta. A escolha se deu em função do Paulista de campo que as cotianas disputarão, cujos jogos serão sempre de sábado ou domingo.

* Tudo para ser o Estadual mais forte do século

Verdade que são apenas nove equipes, repetindo o baixo número da edição de 2008, mas a qualidade é indiscutível. Todos os clubes virão com força, não havendo jogos fáceis. Quase todas agremiações investiram. A busca não será só pelo ouro estadual e a representação na Taça: em 2013, o Brasileiro de Seleções será adulto, e vale lembrar que, há dois anos, a Federação Paulista sempre escolhe a comissão técnica campeã da categoria na temporada anterior para montar a Seleção.

O maior número de equipes é da Região Oeste da Grande São Paulo - sendo três. A Kurdana/Cotia vem com sua garra de sempre. Graças aos esforços da diretoria, o clube manteve praticamente todo seu elenco, mesclando experiência e juventude, além de trazer dois reforços. O seu rival regional, Taboão da Serra, quer muito vencer e adquiriu seis novas atletas. Já o Grêmio Osasco não fez por menos, trazendo cinco novidades para a temporada; o clube venceu o Metropolitano e o Supercampeonato Paulista, indo representar o Estado na Taça Brasil deste ano.

Do Vale do Paraíba, duas respeitáveis equipes. Jacareí Futsal surpreendeu à todos, no ano passado, quando trouxe atletas da Seleção Brasileira e Paulista; agora, conseguiu mais três boas jogadoras e quer fazer história para a cidade que representa. Pindamonhangaba vem como o nome de Pinda EC, mantendo a sua forte equipe Sub 20 - que defenderá São Paulo na Taça Brasil da categoria.

Do interior, outras duas que não darão facilidade à ninguém. O XV de Piracicaba/Rezende vem com sua defesa sólida, de marcação disciplinada e disposta a aparecer entre as melhores. A ADPM/Marília, sensação do Metropolitano passado, quer continuar a surpreender, mostrando que os bons times não estão apenas em volta da capital.

Também temos uma equipe do ABC. Da região mais industrializada do Brasil, o sempre forte São Caetano/Drummond, agora sem a parceria da Associação Sabesp - infelizmente fora desta edição, após anos ininterruptos de participação e títulos. As caetanenses vêm organizadas e trazendo novidades.

Por fim, o Jaguaré/Palmeiras, atual campeão estadual, mudou de cidade e de formato. Antes em Barueri, o clube agora foi para a zona sul de São Paulo. Há um parceiro novo: trata-se da Acezos, associação comunitária que mantém o CDC Lourenço Cabreira, em Interlagos.

Para quem acompanha o futsal amador, tal parceria não surpreende. Em 2011, o Jaguaré cedeu atletas ao Lourenço Cabreira, ajudando-o na conquista dos Jogos da Cidade de São Paulo. Falando em amador, este novo Jaguaré/Palmeiras deve apostar, ao que parece, em jogadoras desconhecidas do público, provenientes de outras equipes não-federadas daquela região paulistana.

* Série A-1: campeonato único, quadras grandes e tabela respeitada

A disputa será longa - afinal, o salão feminino paulista terá campeonato único. Teremos turno e returno na fase de classificação. Com 16 partidas, irá de março a agosto, respeitando a folga dos Jogos Regionais do Interior, em julho. Quatro equipes passam aos mata-matas, fazendo as semifinais em dois jogos, assim como as finais. Em caso de empate em pontos nas semi e na final, teremos prorrogação na segunda partida, com vantagem de igualdade para a melhor campanha.

Outros ítens darão qualidade à disputa. A competição será considerada como Série A-1, o que provoca uma série de exigências. A entrada na competição só pôde ser feita mediante carta de confirmação enviada antes do Arbitral. As partidas somente acontecerão em ginásios vistoriados. As quadras deverão ter o mínimo de 36 m de comprimento por 18 m de largura. Mudanças na tabela definitiva só serão permitidas se o clube solicitante pagar R$ 1.200,00 e se houver comum acordo; a exceção será apenas para as modificações devido à questões da Confederação Brasileira, como as competições nacionais e jogos da Seleção. Por fim, não há janela de transferência, e as inscrições de atletas serão permitidas até duas rodadas antes das semifinais.

Apesar do atraso na divulgação da tabela (publicada apenas na última sexta, 09), a indicação é de que teremos uma competição organizada. O avanço já se estende aos outros clubes. Conforme informações colhidas, teremos sim a Série A-2, com oito equipes e tamanho de quadra livre. Isto é histórico, pois não há registro de outros Estados com duas divisões no futsal feminino. Ainda não sabemos se haverá acesso e descenso entre as séries. Porém, somando as duas divisões, serão 17 clubes femininos em atividade o ano todo, superando os 15 na série única de 2010. O ano promete!


* Vejam os participantes do Estadual e a tabela de jogos da Kurdana/Cotia:

Participantes:
Kurdana/Cotia
Grêmio Osasco
São Caetano/Drummond
Jacareí Futsal
Pinda EC
Taboão da Serra
ADPM/Marília
XV de Piracicaba/Rezende
Jaguaré/Palmeiras/Acezos

TURNO

14/03 - 16:00 - Kurdana/Cotia x Jacareí Futsal - Ginásio Municipal
24/03 - 19:00 - CA Taboão da Serra x Kurdana/Cotia - Gin. Presidente Ciro I (São Paulo)
31/03 - 18:00 - ADPM/Marília x Kurdana/Cotia - Ginásio da ADPM
11/04 - 16:00 - Kurdana/Cotia x Jaguaré/Palmeiras/Acezos - Ginásio Municipal
25/04 - 16:00 - Kurdana/Cotia x XV de Piracicaba/Rezende - Ginásio Municipal
26/04 - 19:30 - São Caetano/Drummond x Kurdana/Cotia - Gin. Joaquim Rabello
09/05 - 16:00 - Kurdana/Cotia x Pinda EC - Ginásio Municipal
18/05 - 20:15 - Grêmio Osasco x Kurdana/Cotia - Ginásio Geodésico

RETURNO

26/05 - 18:00 - Jacareí Futsal X Kurdana/Cotia - Ginásio Educamais Jd. Paraíso
30/05 - 16:00 - Kurdana/Cotia x CA Taboão da Serra - Ginásio Municipal
06/06 - 16:00 - Kurdana/Cotia x ADPM/Marília - Ginásio Municipal
21/06 - 21:30 - Jaguaré/Palmeiras/Acezos x Kurdana/Cotia - CDC Lourenço Cabreira (São Paulo)
30/06 - 15:30 - XV de Piracicaba/Rezende x Kurdana/Cotia - Ginásio Jardim Prezotto
01/08 - 16:00 - Kurdana/Cotia x São Caetano/Drummond - Ginásio Municipal
11/08 - 16:00 - Pinda EC x Kurdana/Cotia - Ginásio Alto do Tabaú
22/08 - 16:00 - Kurdana/Cotia x Grêmio Osasco - Ginásio Municipal

sexta-feira, 9 de março de 2012

Piratininga Feminino e Masculino: Kurdana/Cotia já conhece seus adversários na fase regional


Enquanto aguarda a publicação da tabela definitiva do Estadual Principal feminino, a Kurdana/Cotia tomou conhecimento de seus adversários na fase regional do Troféu Piratininga de Seleções, tradicional competição entre as ligas de futsal do Estado de São Paulo. Os detalhes, tanto do feminino quanto do masculino, foram definidos em reunião na última sexta-feira (02), na cidade de Osasco.

Representando a Liga Cotiana de Futsal na Região 8 da competição, o clube entrará com o feminino no Principal e Sub 17 e com o masculino, sua nova modalidade, no Sub 15, 17 e 20. Apenas o campeão de cada regional se classifica para a fase estadual. A parte local da competição deve-se encerrar em 30 de maio, enquanto que a disputa final será no segundo semestre.

Todos os confrontos da Região 8 serão em mata-matas, com uma partida em casa e outra fora. Em caso de empate em pontos, haverá prorrogação no segundo jogo. Se esta terminar empatada, será contado o saldo de gols. Se ainda assim não houver vencedor, teremos pênaltis.

O sucesso de Cotia no Troféu é, sem dúvida, no feminino, no qual é a atual tricampeã do Principal e vice do Sub 17, sendo a melhor liga entre as mulheres do Estado em 2011. A entidade é presidida por Daniel Souza. O seu convite para a Kurdana defender a cidade em 2002 incentivou o clube a trabalhar com o futsal feminino - antes, a associação em formação era focada no futebol de campo.

* Vejam como ficou cada categoria

Comecemos pelo feminino, carro-chefe do clube. A categoria Principal contará com cinco ligas participantes: Cotia, Itapevi, Vargem Grande Paulista, Sorocaba e São Roque. Teremos um total de três fases, contando preliminar, semifinal e final.

Por ser a atual campeã geral, a Kurdana entrou no chamado 'chapéu', indo direto à semifinal e já pegando adversário com dois jogos realizados: o vencedor do duelo entre Itapevi e Vargem Grande. Na outra semifinal duelarão Sorocaba e São Roque.

No Sub 17 entraram apenas três equipes: Cotia, Sorocaba e Embu-Guaçu. Pelo número limitado, só teremos uma semifinal e a final. Sorocaba foi beneficiada desta vez, ficando com a vaga direta na decisão. Sendo assim, o duelo prévio será entre Cotia e Embu-Guaçu.

No masculino, a Kurdana disputará a primeira fase de confrontos em todas as categorias, que contaram com alto número de inscrições entre as 11 ligas da região. No Sub 15, pegará Embu-Guaçu. No Sub 17, enfrentará a vizinha Itapevi. E, no Sub 20, um duelo contra Carapicuíba, cheio de rivalidade em função dos jogos na fase experimental do masculino no clube.

A Liga Cotiana também colocará equipes no Sub 09, 11 e 13, enfrentando Embu-Guaçu na fase incial de todas.

* Destaques cotianos em 2011

No ano passado, o Piratininga Feminino contou apenas com a fase estadual, sendo disputada no Sub 17, 20 e Principal. A Kurdana não entrou apenas no Sub 20, que foi vencido pelo São Bernardo/Chase.

Entre as adultas, a Kurdana foi campeã em cima do XV de Piracicaba/Rezende. Fora de casa, venceu por 4 a 2, com gols de Aline Lum (2), Banana e Ariádne. Na volta, empate em 6 a 6, com dois gols de Susana, um de Déby e três de Aline Lum - artilheira do Troféu com nove tentos.

Nas jovens, a final foi contra a Uni Sant'Anna/Suzano. Como visitante, derrota por 2 a 1, com solitário gol de Aninha. No segundo jogo, revés por 10 a 7, com cinco gols de Amanda, um da capitã Aline e outro de Evellyn.

* 2012: vencer outra vez no feminino e surpreender no masculino

Para 2012, o objetivo é vencer as duas categorias femininas, tanto na fase regional quanto na estadual. No Principal, a Kurdana lutará pelo tetracampeonato. Assim, ficará mais próxima do número de títulos de Osasco, maior campeão do Troféu com seis conquistas, podendo ultrapassá-lo dentro de poucos anos. No Sub 17, o foco é chegar no ouro inédito, valorizando a terceira geração do futsal feminino cotiano.

Entre os homens, a intenção é surpreender, visto que a equipe ainda não disputa competições da Federação Paulista, sendo o primeiro campeonato masculino da Kurdana nesta entidade. Rogers Willian, que antes atuava como jogador, fará sua estreia como treinador, buscando fazer história.

* Detalhamento dos confrontos da Liga Cotiana na Região 8

Feminino

Principal

Preliminar:
Itapevi x Vargem Grande Paulista

Semifinal:
Cotia x vencedor de Itapevi-Vargem Grande Paulista
Sorocaba x São Roque

Final:
vencedores da semi

Sub 17

Semifinal:
Cotia x Embu-Guaçu

Final:
Sorocaba x vencedor de Cotia-Embu-Guaçu

Masculino

Primeira Fase:
Sub 09 ao 15: Cotia x Embu-Guaçu
Sub 17: Cotia x Itapevi
Sub 20: Cotia x Carapicuíba

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher: dia de Alines, Frans, Priscilas, Andressas, Fabianas...


... e tantas outras: Márcias (uma delas faz aniversário hoje), Danielas, Wendys, Karinas, Susanas, Tatianes, Marias, Déboras, Daianes, Lorraines, Mar Sellys, Taíses, Letícias, Anas, Brendas, Elaines.

Sabem por que hoje é o Dia da Mulher?

Porque algumas guerreiras, há um século e meio, lutaram por vocês.

Era dia 08 de março de 1857. Uma Nova York que ainda nem chegava aos pés da pós-modernidade de hoje. Trabalhadoras de uma fábrica de tecidos fizeram uma grande greve. As reinvidicações eram mais que justas: redução de jornada de 16 para 10 horas diárias, equiparação dos salários (as mulheres ganhavam um terço dos homens) e tratamento digno no ambiente de trabalho.

Foi um ousado movimento, com as tecelãs ocupando a fábrica. Não era como hoje, que há o direito de greve. E, dentro do universo extremamente machista à época, uma demonstração de coragem.

Mas os crueis patrões, interessados apenas no lucro e pouco se importando com as mulheres que lhes enriqueciam, ordenaram a repressão violenta da manifestação. As forças policiais encurralaram as moças dentro da fábrica, trancando-as em um galpão. Como se não bastasse, os homens incendiaram o local, num ato de total crueldade. 130 tecelãs morreram carbonizadas!

O ato jamais foi esquecido. Porém, somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, o 08 de março foi aclamado como Dia Internacional da Mulher. E somente em 1975, mais de um século depois, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

O que mudou de 1857 para 2012? Muitas coisas evoluíram, outras não como seria justo. Fato que, graças à luta de muitas feministas nesses 155 anos, a mulher ganhou espaço. Pôde ter sua independência, estudar, votar, comandar empresas e países.

E, também, pôde praticar esportes. Correndo, saltando e jogando bola, derrubou muitos machistas. Exemplo? O 'nobre' barao de Coubertin, criador da versão moderna da Olimpíada, abominava a participação feminina, não permitindo a presença das mulheres nos jogos inaugurais de Atenas, em 1896. Acabou derrotado tanto que, na Olimpíada de Amsterdã, em 1928, demitiu-se do cargo de presidente de honra do Comitê Olímpico Internacional (COI), alegando que o ideal olímpico havia sido traído ao ser permitida a participação feminina.

No Brasil, a mulher que joga futebol enfrentou um duro desafio. Através de um Decreto-Lei de 1941, era vetada às mulheres "a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza", especialmente o futebol. Ainda mais que tal decreto foi motivado por uma carta de um cidadão ao então presidente Getúlio Vargas, manifestando-se contra a categoria feminina neste esporte.

A proibição só caiu em 1979 e a liberação somente veio, de fato, no início dos anos 80. Foi então que começaram os campeonatos, tanto de campo quanto de salão. O primeiro de futsal feminino, em São Paulo, foi o Metropolitano de 1982, vencido pela Lacta Clube e tendo o Transvira como vice. No mesmo ano, no interior paulista, uma equipe mantida pela Usina Martinópolis de Açúcar e Álcool, chamada Garotas de Ouro, iniciou os trabalhos no campo. Um ano depois, o Guarani de Campinas montou um time feminino nos gramados. Paralelamente, muitas outras equipes eram criadas - algumas sem registro histórico, mas importantes para este recomeço da modalidade.

Bom, depois disso, nem precisamos detalhar muito. O Brasil participa dos mundiais da FIFA desde o primeiro, em 1991, sempre está nos Jogos Olímpicos, passou a ter campeonatos estaduais, copas nacionais e dois grandes nomes com a 10 da amarelinha, aclamados por público e imprensa: Sissi e Marta. O futsal também cresceu com estaduais, a primeira Taça Brasil em 1992, a Liga Futsal em 2005 e vitórias em competições internacionais.

Mas, voltemos no "um terço" do salário masculino, o valor que as mulheres ganhavam em 1857. Bem, no futebol e futsal feminino, infelizmente, ainda vivemos essa realidade. Aliás, bem menos de um terço, se comparado aos milhares de reais do futsal e dos milhões do futebol masculino. Dizem que o salário feminino de futsal mais alto no Brasil chega a R$ 2.500. Marta receberá 1 milhão de euros por temporada no Tyresö da Suécia.

É pouco. A maioria das jogadoras brasileiras ganha menos de salário mínimo, enquanto que os homens ganham para jogar profissionalmente nos gramados, no mínimo, R$ 2.500 - atuando até em campeonatos de segunda e terceira divisão nos Estados. Fora os 15 milhões de reais para trazer Jadson ao São Paulo, os 3 milhões mensais de Neymar no Santos, mais os 6 milhões anuais por Adriano no Corinthians...

Hoje, as manifestações não são mais reprimidas a fogo, como em 1857, e o Brasil tem uma presidenta. Só que, no nosso esporte, as mulheres continuam a ser bem menos que "um terço" dos homens.

Então, que continuemos com muitas Márcias, Danielas, Wendys, Karinas, Susanas, Tatianes, Marias, Déboras, Daianes, Lorraines, Mar Sellys, Taíses, Letícias, Anas, Brendas, Elaines, Alines, Frans, Priscilas, Andressas, Fabianas e tantas outras, Que tenhamos clubes femininos, dirigidos dentro e fora de quadra/campo por mulheres, como a ACE Kurdana, de Cotia. Que até tenhamos homens, que gostem e apoiem as mulheres jogando futebol, como Danieis, Ricardos, Rogers e outros, ao invés de aproveitadores (prefiro nem falar o nome de muitos que conheço).

Que as mulheres que jogam futebol e futsal ganhem espaço na mídia. Até porque elas já ganham títulos e estão sempre entre as melhores do mundo. Além da Marta cinco vezes vencedora da Bola de Ouro da FIFA, temos o futsal com TODOS os títulos internacionais de seleções, disputados até o momento, ganhos (dois mundiais adultos, dois universitários e quatro sul-americanos). Fora as duas atletas brazucas já consideradas melhores do mundo, somando três conquistas.

Que sejam Imperadoras, Rainhas, Fenômenos, Mulheres-Gol, Magas, Predestinadas. Que passem a ter o devido valor. Que as Márcias, Danielas, Wendys, Karinas, Susanas, Tatianes, Marias, Déboras, Daianes, Lorraines, Mar Sellys, Taíses, Letícias, Anas, Brendas, Elaines, Alines, Frans, Priscilas, Andressas, Fabianas e tantas outras tenham mais que a admiração de familiares, amigos e vizinhos. Não precisam ser milionárias, mas que possam comprar uma casa, ter mais que uma bicicleta e que sejam vistas por um grande público, com um Ibope maior que os 0x0 feios dos 'machões' da bola.

Porque aquelas guerreiras lutaram pelas mulheres em 1857.

E as guerreiras da bola, em 2012, lutam pelas mulheres que jogam futebol.

Para que não demore tantos anos em vermos, frequentemente, um estádio ou ginásio lotado aplaudindo e torcendo por uma equipe feminina. Para que as atletas tenham condições dignas de trabalhar dentro do futebol e futsal. Para que a mulher dessas modalidades possa ser vista, acima de tudo, como MULHER: vitoriosa na vida e sem a qual o mundo não tem a mínima graça. Bela no rosto, na pele, na unha, no cabelo... E no 'rolinho', no chapéu, no golaço de letra, no lançamento perfeito!


Ricardo Silva é assessor de imprensa e fotógrafo especializado em futsal feminino desde 2007; acompanha o futebol feminino desde o Sul-Americano de 1991 e o futsal feminino desde o Paulista do Interior de 2005.