sexta-feira, 2 de março de 2012

Em 2011 de crescimento nacional, Kurdana/Cotia bateu seu recorde de finais


Antes da temporada de jogos oficiais começar, vamos fazer uma retrospectiva da Kurdana/Cotia em 2011. Foi um ano em que a equipe de futsal e futebol feminino paulista apareceu para o cenário nacional. Além disso, bateu seu recorde de finais, chegando à sete em 14 competições disputadas, superando as seis de 2010.

O clube cotiano mostrou organização e sua contínua evolução. Pode não ter obtido ou ultrapassado as glórias de 2010, porém pôde, no ano em que completou uma década de trabalho, desfrutar de seu crescimento no escopo do salonismo brasileiro, participando das duas principais competições do país (Taça Brasil Adulta e Liga Futsal). Em termos regionais, confirmou sua posição como uma das maiores do Estado de São Paulo. Paralelamente, o clube começou a ter visibilidade no exterior.


Ao todo, foram três títulos e quatro vices. Em 78 jogos foram 46 vitórias, 12 empates e 20 derrotas, marcando 64% de aproveitamento dos pontos. Foram marcados 321 gols e sofridos 167. A artilheira da temporada foi Susana, a Mulher-Gol, com 73 tentos, seguido da estrela maior de Cotia, Aline Lum, com 62.

Destaque para o desempenho no futebol de campo adulto. A Kurdana disputou três competições e chegou em todas as finais, faturando um título e dois vices. Mesmo sem treinar nos gramados em boa parte do ano, o clube conseguiu resultados excelentes, que o coloca em condições de medir forças com as principais equipes nos gramados paulistas.

Agora então, vamos lembrar os fatos, detalhando meses e competições.

* Alegria do título ainda contagiava


Após um merecido janeiro de descanso, saboreando a maior conquista esportiva da história de Cotia (o Estadual Paulista de futsal), as atletas começaram fevereiro trabalhando duro na sétima pré-temporada da Kurdana, em Bertioga (litoral norte de SP). Foi um mês de atividades, dividido em dois estágios: duas quinzenas recuperando as lesionadas e outras duas preparando o plantel inteiro.

Praticamente todo o elenco campeão estadual permaneceu. A primeira aquisição da temporada foi a jovem Lorraine, vinda de Goiás, com experiência no campo e experimentando o salão pela primeira vez. E ela veio não só para o Principal, mas para o Sub 21 também.

Finalizada a pré-temporada, as incansáveis guerreiras voltaram à Cotia. O mês de março foi tomado por notícias de bastidores. De cara, uma para abalar o mundo do futsal: o clube trouxe a japonesa Sonoka Goto, do Dolce da Donna de Saitama, para fazer estágio.

Fixa/ala no futsal e lateral direita no campo, Sonoka veio para aprender mais das modalidades e se beneficiar com a troca de culturas. Era a segunda vez que ela vinha ao Brasil, assim como era a segunda que Cotia recebia uma nipônica. A imprensa local, regional e estadual se interessou pelo fato. Sonoka rendeu matérias e mais matérias, potencializando a divulgação do clube. E, nos treinos, mostrava qualidade, inteligência e uma disposição quase sem fim.

No meio do mês, o clube realizou peneiras para as categorias Sub 17 e 21. Mostrando que vencedores atraem a atenção, a Kurdana recebeu cerca de 60 meninas em três dias de testes. Nunca o futsal cotiano teve tantas candidatas para entrar no seu plantel.

E tinha mais: o sonho de participar da principal competição nacional, a Liga Futsal Feminina, foi finalmente realizado. Desde 2005, o momento era esperado. Agora, com a compra de uma franquia, o objetivo se tornava concretizado. O Estadual deu vaga na Taça Brasil, mas a entrada na Liga permitia que a Kurdana ficasse permanentemente entre as principais equipes nacionais.

* Maré de azar


No final de março, começou a temporada de jogos, com o campo na Copa Futebol Mulher, da Liga Paulista de Futebol Feminino. Não foi uma boa estreia, perdendo do Centro Olímpico. Parecia que uma maré de azar viria depois do bom começo nos bastidores. Na estreia do futsal feminino, pelo Torneio Cruzeirão, em Sorocaba, uma triste briga após vencer, de virada, a Gaviões da Fiel/Araçoiaba da Serra.

De fato, apesar de faíscas de luz em abril, o mês foi mesmo para esquecer. Comecemos pelos fatos bons. Sonoka Goto concluiu seu estágio com chave de ouro, se despedindo do Brasil marcando gol no amistoso inaugural do Estádio do Atalaia, em Cotia. Na premiação de Melhores do Ano da Federação Paulista de Futsal, cinco troféus para o clube. Os destaques foram Márcia, ganhando o Tênis de Ouro de melhor goleira adulta, e Daniel Souza, que ficou como o melhor dirigente do Estado, ganhando o Troféu Futsal, nada menos que o Oscar estadual da modalidade. Na metade do mês, a Kurdana lançou novo uniforme numa bela festa, emocionando ao público local e convidados. E, no Estadual Principal de futsal, uma boa campanha nos jogos iniciais.

Nada disso impediu outros resultados ruins, dentro e fora de quadra ou campo. Fora de quadra, uma injusta eliminação no Torneio Cruzeirão. Após golear Sorocaba por 6 a 0 e se garantir na sua primeira final da competição, a organização resolveu punir a Kurdana por escalação irregular de atletas - que já tinham cumprido suspensão automática. Passada a confusa estreia, três jogadoras aguardavam julgamento, que não ocorreu. Mas a organização, em clara atitude antidesportiva, resolveu inverter a lógica e eliminar o time, sem que a causa inicial tenha ido ao tribunal antes.

Em quadra, a estreia na Liga Futsal, em Caçador (SC), jogando o Grupo B. Não foi das melhores porém, após quatro partidas, a Kurdana tinha chance de chegar aos mata-matas. Um gol nos minutos finais da AD Jaraguá (SC), empatando a partida em 3 a 3, acabou com o sonho. As cotianas terminaram em 9º lugar, com a sensação que poderiam ter ido mais longe.

Enquanto a Liga rolava, a fase regional dos Jogos Abertos da Juventude, no campo, também se desenrolava. E mais resultados da maré adversa: eliminação no grupo único, com apenas uma vitória em quatro jogos.

Estes fatos despertaram uma chuva de críticas. Mais injustas do que construtivas, serviram apenas para a Kurdana se fortalecer internamente, buscando superar os maus resultados.

* Retomando o caminho


Então que o trabalho prossiga. Kurdana é um clube sem medo, não se esqueçam. Querem resposta? Aqui vai! Em maio, na Copa Mulher, classificação para a final, superando equipes do Campeonato Paulista da Federação de campo. Na Fase de Classificação, vice-liderança, deixando Juventus, Taboão da Serra e outras para trás. Na semifinal, disputada no dia 29, vitória nos pênaltis sobre a Uni Sant'Anna por 5 a 3, depois de um 3 a 3 emocionante no tempo normal. A Kurdana perdia de 3 a 1, mas quem tem o trio formado por Susana, Priscila e Aline Lum, tem tudo.

No Estadual Principal, bons resultados e a briga pela liderança do Grupo A. E, nos Jogos da Juventude, chegou o momento do futsal na fase regional. Duas goleadas na Fase de Grupos, vitória nos pênaltis contra o rival local Taboão, tendo a goleira Tati como heroína, e um inesperado revés na semifinal, contra Embú. O terceiro lugar não foi o desejado, mas o clube viu que talentos estavam sendo formados. A pivô Déby foi outro destaque da equipe.

Junho começou com expectativas boas. Só que tudo tem momento certo. Era hora de plantar ainda. Algumas instabilidades no Estadual e, ao fim da primeira fase, um segundo lugar. Internamente, a baixa de Luana Faísca, boa ala e atacante. Em seu lugar, veio Ariádne, de Jacareí, para a mesma posição, sendo a segunda contratação de 2011.

E tivemos a final da Copa Futebol Mulher. Apesar de não vir a vitória diante do Centro Olímpico, o vice-campeonato dignificou Cotia, em sua segunda decisão seguida da competição. Com um detalhe: a Kurdana foi para a Copa sem ter treinado futebol de campo. Nessas condições, um excelente resultado.

Motivadas pelo desempenho, as guerreiras, comandadas por Andressa de Azevedo, conseguiram seu espaço para treinar nos gramados. O objetivo seria o ouro dos Jogos Regionais, na Segunda Divisão, classificando para os Abertos do Interior. Como dito, ainda era hora de plantar.

* Hora de colher: ouro, prata e alegria


Chegou julho. Mês de frio no Brasil, mas mês de colheita para a Kurdana. As cotianas foram para Santo André, disputar os Regionais e defender a cidade que amam. Na cesta, voltaram com um ouro e uma prata. Podem criticar o clube o quanto quiserem: elas continuaram jogando, lutando e vencendo.

No futsal, a prata da Segundona confirmou que uma nova geração está chegando. Aline Lum, a estrela maior de Cotia, liderava o grupo, que tinha Tati, Fran Amorim, Déby e um batalhão de jovens ávidas por vencer. Três goleadas antes da final, incluindo um excelente 8 a 1 diante de Embú, na semi. A decisão foi perdida para Barueri, representado pelo Palmeiras. Verdade que haviam suspeitas de irregularidade do adversário, mas o julgamento o inocentou. Sem problemas, pois foi um vice honrado.


No campo, bem, só quem estava lá para ver. Um futebol muito bem jogado pelas guerreiras. Susana mostrava porquê é a Mulher-Gol. Priscila, no melhor estilo Maga, colocava a bola onde queria. Aline Lum apresentava sua qualidade de sempre e Wendy oferecia sua dura marcação no meio. E, claro, a goleira Márcia: ela passou os quatro jogos da competição sem tomar um gol sequer. Tênis de Ouro no futsal, fez merecer um apelido por causa de suas atuações também no campo: Mãos de Ouro.

Na final, troco dado sobre o Barueri/Palmeiras, marcando 2 a 0, com Mar Selly e Aline Lum, coroando uma campanha de 38 gols. Era uma manhã fria de 30 de julho, aquecida pelas cotianas de chuteiras. Nada menos do que bicampeãs do futebol dos Regionais, repetindo a conquista de 2009.

* Kurdana é Seleção! E segundo título em setembro


Com o primeiro título do ano, a Kurdana voltou motivada para agosto, tomado por partidas de futsal. No Estadual Principal, passou nas quartas de final diante de Pindamonhangaba, com Susana justificando novamente a alcunha de Mulher-Gol. Paralelamente, estreava no Troféu Piratininga de Seleções, em dose dupla - adulto e Sub 17. E iniciava a Copa Regional, da Liga Paulista de Futebol Feminino, buscando manter a hegemonia no salonismo da entidade. Mas, consciente que o futuro é tão importante quanto o presente, a técnica Andressa de Azevedo adotava uma estratégia justa: mesclou as jovens com as adultas na competição, e apostou na dupla dinâmica de treinadoras da base, Charly Wendy e Daniela Xininha, que também são atletas do Principal.

Os resultados eram bons, fechando um mês invicto. Mas o melhor de tudo foi receber a notícia da segunda convocação de uma atleta da Kurdana para uma Seleção Brasileira de campo. Wendy, que joga como volante e fixa, foi chamada para defender o país na Universíade, nada menos que a versão universitária dos Jogos Olímpicos, em Shenzhen (China). E, ao seu lado, muitas atletas que fizeram parte do Mundial da FIFA de 2011, na Alemanha.

Era a segunda vez que a raçuda e bela atleta recebia uma convocação universitária nacional - a primeira foi em 2007, para a Universíade de Bangkok, na qual o Brasil ficou com o bronze. Numa duríssima competição, nossa cotiana em terra mandarim fez sua parte. Participou dos três jogos na Fase de Grupos, entrando no segundo tempo.
Ao fim, o Brasil ficou com o segundo bronze da história, numa competição onde já tem dois títulos. Na semifinal, foi claramente prejudicado contra a mandante China, perdendo nos pênaltis. No jogo do terceiro lugar, goleou a França por 4 a 1, e comemorou a importante medalha. Para Wendy, alegria também, pois marcava a segunda medalha mundial de sua vida.

Na virada para setembro, tivemos a decisão da vaga para a final do Estadual, contra o Grêmio Osasco. Vitória em casa por 2 a 1, desbancando a invencibilidade do adversário. Fora, um belo jogo, com 4 a 3 para as osasquenses e empate em 0 a 0 na prorrogação. O lugar na decisão não veio apenas por causa da campanha. De qualquer modo, a equipe saiu de cabeça em pé, tendo a atuação elogiada por todos.

Sai pra lá, tristeza, pois eu quero títulos! E setembro marcou a segunda conquista da Kurdana, faturando o ouro da Copa Regional. As jovens e as técnicas em formação não desapontaram Andressa, vencendo a competição de forma invicta. Na final, no dia 25, 3 a 1 contra o CE Vila Guarani, com belas atuações de Lorraine e da jovem Amanda. Só para variar, Márcia ficou como a goleira menos vazada.

* Taça Brasil: mais um degrau no caminho ascendente

Foto: 'prof.' Beto Costa/CBFS

A ansiedade tomava conta do clube. Outubro chegou. Momento da tão esperada Taça Brasil Adulta, em Criciúma (SC). Hora de representar o Estado de São Paulo e de jogar a segunda competição nacional no ano.

Mas antes, mais um troféu de futsal para a extensa coleção da Kurdana, vindo no dia 05. E um troféu especial: tudo que vem das pequenas tem um toque de luz. No Piratininga Sub 17, o vice-campeonato. Na semifinal, eliminando ao Mult-Força/Guarulhos e, na final, perdendo para o bom time da Uni Sant'Anna/Suzano. Nem há o que chorar, pois era a primeira competição da Federação Paulista de muitas ali. Mais uma vez, a pequena Amanda chamou a atenção, junto com a forte Aninha.


Paralelamente, o Metropolitano Principal começava, classificando uma equipe para o Supercampeonato Paulista contra o vencedor do Estadual. E Cotia conseguia uma importante vitória nos bastidores: já podia mandar os seus jogos numa quadra de tamanho oficial (38m x 18m), graças à construção de duas quadras externas no Ginásio Municipal. Assim, a cidade começava sua adptação às exigências atuais do esporte.

Agora sim, podemos viajar. Lá no Sul, uma dura competição. Bastidores movimentados, treinos necessários durante o período de jogos e aquele clima que só sabe quem está num Nacional. No Grupo A da Taça Brasil, a Kurdana estreou no dia 26 goleando uma equipe de Liga, a Hidráulica Brasil (GO), por 6 a 2. Depois, um revés para a UCB (DF).

A terceira partida foi eletrizante, no dia 28, contra a Esmac (PA). Polêmica com pênalti não-marcado para o lado paulista e placar adverso a poucos instantes do fim. Com coragem e goleira-linha, a Kurdana virou de 1 a 2 para 4 a 2. Três gols de Lorraine, marcando um hat-trick histórico. Dois deles de cabeça, ganhando o apelido de Cabecinha Dourada.

No duelo final da chave, um dia depois, nada menos que a melhor equipe do mundo pela frente, a UnoChapecó/Female (SC). A Kurdana mostrou que gosta mesmo de desafiar os grandes e, já que precisava vencer, colocou goleira-linha desde o começo. Sofreu o gol, empatou com Arine, ficou em três de desvantagem e reduziu com Susana. Depois, nova vantagem em três e, faltando dois minutos, Arine marcou seu segundo gol. Nos segundos finais, veio o tento de 6 a 3.

Claro que não era o resultado sonhado, mas a equipe saiu com vários bons sabores. O primeiro, que terminava em quinto lugar na Taça Brasil Adulta - ou seja, fechou o ano de competições nacionais como a quinta melhor equipe do país. Para um clube que tinha dificuldades até de pagar a arbitragem nos primeiros anos de Estadual, que ficara em sexto na Taça Brasil Sub 20 de 2004 e amargou um nono lugar na sua primeira Liga, uma evolução importante. E outro, que foi a equipe a marcar mais gols no Chapecó; as catarinenses acabaram tricampeãs da Taça, e o máximo que sofreram dos outros times foi dois tentos.

* Novembro com Abertos para entrar na história


O Estadual Principal ainda rolava e, entre altos e baixos, a Kurdana se garantiu na semifinal - sua oitava seguida na história das competições federadas oficiais de futsal. Desde 2007, sempre marcando presença entre as quatro melhores. Fora de quadra, uma importante contratação: Dai Carioca, que estava em Goiás, veio para somar ao grupo, atuando na ala do futsal e sendo a terceira aquisição da temporada.

Só que novembro seria especial por causa do futebol de campo dos Jogos Abertos do Interior, na Segunda Divisão. E Cotia foi para Mogi das Cruzes sem nenhum favoritismo. Nem mesmo as duas finais no ano, calçando chuteiras, e os dois quartos lugares nas edições anteriores causavam respeito aos adversários. Melhor assim, pois o clube gosta mesmo é de surpreender.


Na Fase de Grupos, vitórias convincentes (8 a 0 em São Roque e 2 a 0 em Taubaté). Nas quartas de final, 1 a 0 no dérbi regional contra Taboão da Serra, com gol de cabeça de Karina, e o gosto de jamais ter perdido para o rival no campo adulto. À essa altura, chamavam a atenção o perigo que Susana sempre levava à meta adversária, o futebol incontestável de Aline Lum e as partidas perfeitas de Banana na lateral.

Semifinal duríssima contra Franca no dia 14 e, após 1 a 1 no tempo normal e extra, vitória nos pênaltis por 5 a 4. A última cobrança foi convertida por Arine. Ela, que sempre faz gols históricos da Kurdana, como na final do Estadual de 2010. Por isso, ganhou o apelido de Predestinada.


Na primeira final de Cotia na Olimpíada Caipira, no dia seguinte, Botucatu pela frente. Campo enlameado, arbitragem tendenciosa e 1 a 1 no placar. Nas penalidades, algo bizarro, que infelizmente ainda tem lugar para acontecer nos Abertos do Interior: três das doze cobranças pararam na poça d'água que escondia a marca do pênalti. Para piorar, o gol do título adversário, marcando 4 a 3, foi com a atleta botucatuense tirando a bola da poça para bater, algo que a arbitragem não permitiu à Cotia.

Mesmo com os absurdos, um vice com gosto de ouro. A Kurdana deixou os Abertos de forma invicta, perdendo apenas para os desmandos do apito. Fora isso, a goleira Márcia atingiu a marca de 486 minutos sem tomar gols nos gramados, entre a final da Copa Mulher (o último gol do Centro Olímpico foi a dez minutos do fim) e o gol sofrido diante de Franca (a quatro minutos de acabar o tempo normal).

* Dezembro com terceiro título - por sinal, um tri


Ainda faltavam duas competições de futsal para fechar o longo ano. E, numa delas, um título. Ou melhor, um tricampeonato. Sendo redundante, um tri no terceiro título da temporada. Ele veio no Troféu Piratininga, na categoria Principal.

Na final, em dois jogos, o XV de Piracicaba/Rezende pela frente. Na ida, no dia 11, um duro jogo que terminou com 4 a 2 para as cotianas no interior. Aline Lum fez dois, Banana fez outro e Ariádne marcou um golaço de letra, sacramentando a vitória.

A volta foi no Ginásio Municipal, no dia 14, com ótimo público. Contentando aos espectadores, a Kurdana atuou o tempo todo no ataque. Com um hat-trick de Aline Lum, dois gols de Susana e outro de Déby, um empate em 6 a 6 deu a conquista. Festa por manter a hegemonia nesta importante copa estadual, representando a Liga Cotiana de Futsal.

Como visto, Susana e Lum foram mais uma vez fundamentais, só que Lum foi o destaque. Afinal, ela, a camisa 11 cotiana, ficou como a artilheira da competição, com nove gols, garantindo a Bola de Prata - que receberá na premiação dos Melhores do Ano de 2012.

Restava o Metropolitano Principal. Na semifinal, dois fortes jogos novamente contra o Grêmio Osasco. A vitória não foi possível para Cotia, sendo que, posteriormente, Osasco ficou com o título de campeão e venceu o Supercampeonato Paulista. Mesmo extenuadas por um longo ano, as atletas da Kurdana lutaram qual leoas, honrando a esportividade.

E, no último gol de 2011, uma cena interessante. A partida já estava praticamente perdida, quando Aline Lum mandou seu pênalti para as redes. Pois ela pegou a bola no fundo do gol, colocou-a debaixo do braço e levou ao centro. Parecia ignorar qualquer dificuldade. Como se dissesse: "tentaremos até o fim".

Essa cena se tornou exemplo do que é o clube. Aquele que tenta, luta e nunca desiste. 2011 terminou com dignidade. Há anos de prêmios, outros de crescimento. E a Kurdana encerrou uma temporada de batalhas mostrando que veio para ficar.

* 2012 - desafiar o campo, fortalecer a base e vencer no futsal


A temporada de 2012 será mais trabalhosa ainda. A Kurdana/Cotia está com os seus objetivos bem claros: desafiar o campo, fortalecer a base e vencer no futsal.

No que diz respeito ao campo, os resultados de 2011 não negam a capacidade do time para os gramados. Por isso, o clube fará de tudo para entrar no Campeonato Paulista de Futebol, representando o Cotia FC. Na verdade, seria uma volta à competição, visto que a Kurdana jogou em 2008. Sendo assim, as atividades de campo ocorrerão com mais intensidade neste ano.

Na base, é a aposta histórica do clube. Desde 2001, a Kurdana pega jogadoras em tenra idade para ensinar o be-a-bá da bola. Tanto que oito das 13 integrantes do plantel campeão estadual de 2010 terminaram de ser formadas em Cotia. Portanto, as jovens do Sub 18 serão mais utilizadas durante a temporada, visando um futuro dourado para a asssociação.

Por fim, as vitórias no futsal. É nesta modalidade que a Kurdana fez seu nome e ultrapassou fronteiras, atraindo até atletas do outro lado do mundo. Buscar os títulos estaduais, seja na Federação ou nas competições da Secretaria do Estado, continuam na pauta cotiana. E, claro, evoluir na Liga Futsal, galgando posições em nível nacional.

Os trabalhos já começaram com mais uma pré-temporada em fevereiro, se antecipando em relação aos outros clubes. Neste mês de março, a preparação continua na cidade de Cotia, visando os campeonatos que logo começarão.