quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Taça Brasil Adulta: Kurdana/Cotia (SP) lutará pela vaga até o último segundo


Nada está perdido. Faltam dois jogos. Verdade que os dois adversários são difíceis. Entretanto, as guerreiras paulistas nunca abrem mão de vencer. A Kurdana/Cotia (SP) continua atrás da vaga na semifinal da Taça Brasil Adulta de futsal feminino. A competição está sendo disputada em Criciúma (SC), no Ginásio da Unesc.

Após vencer na estreia (6 a 2 ante a Hidráulica/GO) e perder na segunda partida (0 a 1 contra a UCB/DF), as cotianas estão em terceiro no Grupo A, com três pontos. A UnoChapecó/Female (SC), que venceu ao Esmac (PA) por 7 a 1 na tarde de quarta-feira (26), lidera a chave com nove pontos. As brasilienses estão em segundo, com seis. Paraenses e goianas dividem a lanterna sem pontuar.

Na rodada desta quinta, a Kurdana joga contra a Esmac às 18:30; antes, UCB e Hidráulica se enfrentam, em jogo importante para as pretensões cotianas. Vale lembrar que é o último jogo das brasilienses na chave. Na sexta, o último jogo paulista na Fase de Grupos, contra Chapecó, no mesmo horário.

* Contas para passar


Para conseguir a vaga, a ACEK já fez as contas. Se vencer as duas partidas e a Católica de Brasília vencer a Hidráulica por 5 a 0, haverá um triplo empate em nove pontos que favorecerá Chapecó e Cotia no gol average. No momento, as paulistas registram 2,0 de índice contra 0,56 da UCB. Se a equipe da capital nacional perder, o gol average nem precisará ser calculado em caso de dois triunfos cotianos.

Se vencer uma partida e empatar outra, só passará à semifinal em caso de derrota do Distrito Federal para a Hidráulica. Isto porque, com sete pontos, a Kurdana seria ultrapassada pela UCB em caso de vitória desta sobre Goiás na tarde de hoje. E, mesmo com um empate candango, a vantagem não estaria com Cotia - o primeiro critério de desempate é o confronto direto.


Mesmo com a situação apertada, as atletas não perderam o ânimo por um segundo sequer. Confiando em suas capacidades, estão concentradas e focadas no Crisul Hotel. Na manhã de quinta, a Kurdana fez recuperação na piscina, além de analisar o vídeo do jogo anterior.

Por falar na partida contra a UCB, a pivô Susana teve afastada a suspeita de fratura ou luxação no cotovelo esquerdo. Perto do fim da primeira etapa, a Mulher Gol sofreu pênalti não marcado, chocando-se contra o chão. A organização da Taça, feita pela própria Unesc, ofereceu o melhor hospital da cidade, o São João Batista, para avaliação e conduta de forma gratuita. Felizmente, verificou-se que havia a dor pela pancada, mas nenhuma lesão. A atleta está sendo tratada pelo fisioterapeuta Leandro Yoshizumi para que possa atuar normalmente nesta quinta.

A derrota por 1 a 0 não fez jus ao que foi o jogo. As paulistas tiveram várias chances de gol, duas bolas no travessão e dois pênaltis não anotados.

* Nos outros jogos, arbitragem atrapalhou em mais dois


E não foi só a Kurdana que saiu prejudicada pela arbitragem na terceira rodada da Taça. Na partida em que a UnoChapecó fez 7 a 1 no Esmac, a equipe paraense teve o preparador físico Eric Cavalcante expulso. Fora que, na partida anterior, o mesmo Esmac teve o técnico Mercy Nunes excluído. Revoltados com a arbitragem, os representantes da equipe do Norte fizeram um protesto à José Raimundo de Carvalho, representante da CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão).

Em quadra, Chapecó teve dificuldades no primeiro tempo, vendo o adversário perder três grandes chances e saindo com apenas 1 a 0 no placar. Mas, na segunda etapa, fez valer sua superioridade. A goleada foi construída com dois gols de Jéssika, outros dois de Tampa e gols únicos de Cely, Luciléia e Bruninha. Natália fez o de honra.


No último jogo, outra vez influência do apito. Unesc local e Nacional Gás/Unifor (CE) se enfrentavam. As cearenses abriram o placar com Katy. Taty empatou num golaço. Mas, mesmo tendo quatro faltas a seu favor, a Nacional viu-se rapidamente carregada de infrações, até ter a sexta falta marcada, faltando 12 segundos para o intervalo, com direito à expulsão de Leuda. Greice, que nada tem com isso, bateu o tiro livre sem barreira e virou o jogo. No segundo tempo, gols de Marcela e Gaby e vitóra doméstica por 4 a 1. A comissão técnica da Nacional reclamou de critérios dúbios na arbitragem.

Na outra partida do Grupo B, vitória tranquila de Londrina (PR) sobre Eunápolis (BA), marcando seus primeiros pontos. Jé fez dois gols; Cíntia e Kale completaram o placar.

Sendo assim, o Grupo B contra com a Unesc quase classificada com nove pontos. Só uma hecatombe tira a vaga das mandantes. Afinal, Nacional, Londrina e Chimarrão estão com três pontos, em segundo. Eunápolis ainda não pontuou, e vê o rebaixamento para a Bahia bem perto.

* Programa de rádio terá comissão da Kurdana


E a comissão técnica da Kurdana, junto com as dos demais times, foi convidada para participar de um programa esportivo de rádio, às 20 horas desta quinta. A Difusora AM 910 de Criciúma fará este encontro num bar local, chamado Bar do Juca, contando com a presença dos técnicos das Seleções Brasileiras, Vander Iacovino (feminina) e Marcos "Pipoca" Sorato (masculina).

O programa poderá ser ouvido pela internet, no link: http://www.difusora910.com.br/2011/player

* Desabafo da técnica Andressa de Azevedo

"Nossa fama não condiz, ou condiz, sei lá! Somos polêmicos... E somos mesmo! Minha frustração e compreensão devem-se ao mesmo fato. O Sul do Brasil desenvolveu grandes potências no futsal feminino e tem hegemonia na Liga Nacional desde o início, em 2005. Em competições nacionais possui a maioria dos títulos dos últimos anos.

Frustrante para o restante do país, não? Mas compreensivo. As equipes se emprestam mão de obra em terras catarinenses. Para minha surpresa, temos a atleta ativa por uma equipe no Estadual e outra na Taça Brasil. Uma boa jogadora de um rival regional veste outra camisa na competição nacional, com anuência dos clubes e bênçãos da federação local, montando uma seleção numa competição que deveria ser de times.

Como assim? Isso mesmo! Hoje sou uma 'azeitona', amanhã sou 'caroço' sem nenhuma restrição ou burocracia, com facilidade assustadora. Surpreende o poder do Sul? Sim, mas não as equipes por si só - verdade que respeitáveis e com boas atletas. Mas as 'parcerias' como um todo. E digo, parcerias entre as equipes.

Cotia vai sempre brigar pelo que é certo. Com a ajuda da Federação Paulista ou não. Cada dia, um ensinamento. Cada dia, uma surpresa.

Abraços,
Sessa"